Para Dilma, avanço da educação no país é maior do que em 100 anos

Ao lançar universidades federais, presidenta lembra do legado de Lula. Aposta agora é em construir 208 institutos de ensino técnico

Presidenta Dilma Rousseff discursa durante cerimônia de anúncio da expansão da Rede Federal de Educação Superior e Profissional e Tecnológica (Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff afirmou, ao anunciar a criação de universidades e de 208 instituições federais de educação profissional e tecnológica (Ifets), que o país avançou mais nos últimos anos do que nos 100 anteriores. Na cerimônia, no Palácio do Planalto, ela ainda criticou, nesta terça-feira (16) a sucessão de governos que não investiram na área, impedindo que o país alcançasse um desenvolvimento econômico com “um padrão de vida mais elevado” para a população.

O plano de Expansão da Edudação Superior e Tecnológica e Profissional, vinculado ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foi prestigiado por prefeitos e governadores de localidades atendidas com as novas unidades. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, os investimentos anunciados variam de R$ 7 milhões para cada Ifet e de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões para universidades federais.

“Fizemos questão de só fazer essa solenidade quando tivéssemos, da área econômica, o aval para a contratação dos profissionais necessários para essa expansão”, comemorou Haddad. A ponderação com garantia de execução dos investimentos ocorre em um período em que o governo federal sofre críticas de sua base de apoio no Congresso por contingenciar recursos para emendas parlamentares.

“Estamos fazendo em poucos anos o que não foi feito nos últimos 100 anos”, disse Dilma. “Se o Brasil tivesse apostado em educação de forma maciça, inclusiva e sistemática, teríamos dado, muitos anos antes, os passos necessários para que nosso país tivesse o pleno uso dos seus potenciais econômicos e, sobretudo, para que nossa população tivesse acesso a um padrão de conhecimento e, portanto, um padrão de vida mais elevado”, avaliou.

A referência é diretamente ao conjunto formado por seu governo e o de seu sucessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma lembrou que tanto ele como seu vice, José Alencar, não tiveram formação universitária, mas apostaram no investimento no ensino superior e na construção de universidades federais e escolas técnicas.

No evento desta terça foram assinados compromissos com 120 municípios para oferecer terrenos para a instalação de institutos federais. A intenção do governo é que elas sejam entregues até 2014. Outras 88 unidades de educação profissional estão em construção, com conclusão das obras prevista para o fim de 2012.

“Os números falam por si. Nos próximos quatro anos, meu governo entregará 208 novos Ifets. Quando chegarmos em 2014, o Brasil terá 500 Ifets. É um número muito importante para o país, que não quer mais ser um país aquém do potencial da população”, destacou a presidenta. Segundo o governo, os instituto federais contam atualmente com 600 mil alunos.

Dilma Rousseff pediu apoio dos parlamentares para aprovação do Pronatec, proposta já enviada ao Congresso Nacional. E ainda citou o programa Ciência sem Fronteiras, que promete 75 mil bolsas de estudo em universidades no exterior custeadas pelo Executivo federal. Outras 25 mil seriam oferecidas pela iniciativa privada por meio de parcerias.

Federais

As novas universidades federais serão instaladas no Pará, na Bahia e no Ceará. A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) terá sede na cidade de Marabá; já a Universidade Federal da Região do Cariri (UFRC), no Ceará, terá sede em Juazeiro do Norte. O estado da Bahia ganha duas instituições: a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba), com sede em Barreiras, e a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), que terá sede em Itabuna.

Confira os detalhes do plano apresentado pelo governo:

Com informações da Agência Brasil

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