São Paulo – Chegando ao final de uma semana movimentada pela quarta troca ministerial, dessa vez envolvendo nome forte do PMDB, Wagner Rossi, agora ex-ministro da Agricultura, o vice-presidente Michel Temer, aliado político de Rossi, afirmou nesta sexta-feira (19) que não há estremecimento entre o governo e sua base aliada, na qual inclui seu próprio partido, o PMDB.

“Zero de estremecimento. Não há absolutamente esta hipótese. Vocês sabem que a presidenta Dilma, ao receber o pedido do ex-ministro Wagner Rossi, me pediu que indicasse um nome após ouvir a bancada do PMDB. E foi indicado o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS). A vida continua. Não há estremecimento algum”, afirmou o vice-presidente.

Temer disse não estranhar o fato de vários ministros terem sido trocados em pouco tempo e considerou que as mudanças não afetaram o país. “Houve substituição imediata. A administração está continuando da mesma forma. O governo está lançando os mais variados planos, úteis ao país”.

Para a presidenta Dilma Rousseff, a escolha do novo ministro da Agricultura foi pautada pelo histórico político de Mendes Ribeiro. Dilma o considera um político consistente e foi escolhido por vir de um estado com larga tradição agrícola, o Rio Grande do Sul. A posse de Mendes Ribeiro no cargo deve ocorrer na próxima segunda-feira (22).

Indefinições na base

Mesmo com a declaração do vice-presidente Michel Temer de considerar superada a crise com os partidos da base aliada, o PR ainda protagoniza indefinições na composição da bancada governista. O Partido da República havia anunciado, por meio de Alfredo Nascimento, presidente da sigla e ex-ministro dos Transportes, a saída da base aliada.

No entanto, o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela, disse, nesta sexta, que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, convidou o PR para voltar a integrar a base do governo. Portela afirmou que levará a proposta para discussão no partido. “A Ideli nos chamou e falou da preocupação do governo em manter a base aliada unida, em manter os parlamentares que sempre caminharam com o governo federal juntos”, disse.

Portela contou que a proposta precisa ser discutida com as várias instâncias do partido, com a executiva, deputados e senadores. “Não temos condições de tomar uma decisão dessa num período curto. Depois de uma posição tomada e pensada, precisamos sentar com o partido, ouvir a liderança, sentar com os deputados, levar para os senadores e deputados, à executiva nacional, esse pedido que o governo nos fez”, ressaltou o líder do PR.

Com informações da Agência Brasil