CPI para investigar repasses a rádio de Aécio Neves é barrada em Minas

Rádio Arco-Íris é ligada à família do ex-governador e teria sido favorecida durante as gestões de Aécio (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado) São Paulo – Por falta de assinaturas, foi arquivado […]

Rádio Arco-Íris é ligada à família do ex-governador e teria sido favorecida durante as gestões de Aécio (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

São Paulo – Por falta de assinaturas, foi arquivado na terça-feira (26) o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria repasses de verbas à rádio Arco-Íris. A transmissora da Jovem Pan FM em Belo Horizonte (MG) é ligada à família do ex-governador e atual senador Aécio Neves (PSDB-MG) e teria sido privilegiada no repasse de verbas de publicidade pública pelo governo mineiro.

O líder da oposição, Rogério Correia (PT), conseguiu 23 das 26 assinaturas necessárias para a abertura da CPI – a Casa tem 77 parlamentares. Havia expectativa de se consiseguir apoio de  três dos cinco deputados do PDT, mas isso não aconteceu. A oposição ao governador Antonio Anastasia (PSDB) considera que nomeações para cargos no governo prometidas a pedetistas teriam ajudado a conter a CPI.

A “operação abafa” deve impedir que se investigue se os R$ 210,6 mil em verbas publicitárias repassados para a Arco-Íris em 2010 havim sido repetidos durante os sete anos anteriores da gestão de Aécio. A irmã de Aécio Neves, Andrea, é sócia majoritária da rádio Arco-Íris e coordenou o Núcleo de Comunicação do Governo, tendo poder de determinar quais rádios receberiam anúncios.

A assessoria de Aécio afirma que foram utilizados critérios técnicos na escolha das rádios que receberiam investimentos publicitários e nega possíveis ingerências de Andrea no direcionamento de verbas.

A Arco-Íris é muita próxima da família de Aécio Neves. A mãe dele, Inês Neves, é uma das sócias minoritárias da rádio, de acordo com registro na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A camionete Land Rover preta que ele dirigia quando foi parado, há menos de dez dias, em uma blitz no Leblon, no Rio de Janeiro, está no nome da emissora.

Com informações de Brasília Confidencial