Reportagem de Veja tem finalidade política, diz Bancoop

São Paulo – Em entrevista à Rede Brasil Atual, o advogado da Bancoop, Pedro Dallari, classificou a reportagem desta semana em Veja “Exclusivo: revelado o esquema petista na Bancoop” como […]

São Paulo – Em entrevista à Rede Brasil Atual, o advogado da Bancoop, Pedro Dallari, classificou a reportagem desta semana em Veja “Exclusivo: revelado o esquema petista na Bancoop” como “sem pé nem cabeça” e que as informações publicadas são antigas e já foram rebatidas.

Para ele, o fato de a reportagem de Veja não ouvir a cooperativa em nenhum momento mostra que a reportagem serve apenas para a política, já que o presidente licenciado da Bancoop, João Vaccari Neto acaba de assumir o cargo de tesoureiro do PT. “O fato do Vaccari assumir um cargo no PT vira um prato cheio. Eles nem sequer procuraram a Bancoop. E isso fere a ética jornalística. Se tivessem feito, Veja colocaria que não conseguiram falar com a cooperativa.”

Outro fato, apontado pela advogado da cooperativa, é que a reportagem serve para esquentar a abertura de uma possível CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo, requerida pela bancada do PSDB desde 2008 e que deve ser instalada nos próximos 15 dias.

Veja abaixo a nota divulgada pela Bancoop

A Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) não foi ouvida em momento algum pelos jornalistas responsáveis pela matéria da revista “VEJA”, em clara violação a princípio elementar de ética jornalística.

A matéria tem nítida finalidade política, já que não agrega praticamente nenhuma novidade às acusações que foram efetuadas no passado e devidamente rebatidas pela Bancoop. Sua publicação com grande destaque se explica pela previsão de instalação dentro dos próximos dias  de CPI sobre a Bancoop na Assembléia Legislativa de São Paulo, requerida ainda em 2008 pela bancada de deputados do PSDB.

No que se refere à  conduta do Ministério Público de São Paulo relativamente à  Bancoop, é preciso esclarecer que a Bancoop celebrou com o Ministério Público em 2008 Acordo Judicial em Ação Civil Pública, no qual foram estabelecidos compromissos voltados ao aprimoramento da gestão da cooperativa, de modo a se gerar maior segurança aos cooperados. Vários desses compromissos correspondem a condutas que já vinham sendo adotadas pela cooperativa, como, por exemplo, a realização de auditoria contábil por empresa independente (o que vem sendo promovido pela empresa de auditoria Terco Grant Thornton desde as contas a partir de 2005).

Quanto à esfera penal, foi instaurado em 2007 Inquérito Criminal (1o. DP da Capital de São Paulo), que continua em andamento, sem que, até o presente momento, tenha sido promovida pelo Ministério Público qualquer medida judicial, Contraditoriamente, o Promotor José Carlos Blat procura sistemática a imprensa com o objetivo de fazer acusações políticas à cooperativa, como a de que “A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002”.

A matéria é extremamente fantasiosa quanto aos fatos, como demonstra a informação de que teriam sido emitidos, para saque em dinheiro, cheques nominais à própria Bancoop em valor total superior a R$ 31 milhões. Na verdade, há uma intensa movimentação bancária entre contas da própria Bancoop, já que cada empreendimento da cooperativa, por força inclusive do Acordo Judicial celebrado com o Ministério Publico, tem conta bancária específica, sendo necessária a transferência de recursos utilizados para o custeio das respectivas obras.

A Bancoop, apesar de ter vivido dificuldades administrativas em 2003 e 2004, tem sido extremamente bem sucedida na disponibilização de imóveis a preço de custo destinado a moradia. Trata-se de alternativa no âmbito do mercado imobiliário que procura facilitar o acesso de trabalhadores à casa própria. Seguem alguns dados que refletem o desempenho da Bancoop desde sua criação, em 1996, até dezembro de 2009:

  • Total de empreendimentos já concluídos ou em construção: 34.
  • Empreendimentos com todas as unidades entregues: 24.
  • Empreendimentos em construção: 10.
  • Empreendimentos que foram descontinuados por falta de interesse dos cooperados: 19.
  • Total de unidades já entregues ou em construção: 6.358
  • Total de unidades entregues: 5.337 (84% do total), sendo 4.152 em empreendimentos já concluídos e 1.185 em empreendimentos em construção.
  • Total de unidades em construção: 1021, sendo que, desse total, 502 pertencem a cooperados que aguardam a conclusão e o restante integra um estoque de unidades disponíveis.
  • Total de unidades com escritura liberada: 3.406.

A Bancoop sempre esteve à disposição dos cooperados, das autoridades competentes e da imprensa para prestar informações sobre as atividades da cooperativa.

Diretoria da Bancoop (6 de março de 2010)

 

Leia também nota divulgada pelo secretário de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto

A respeito de matéria publicada pela revista Veja desta semana, esclareço:

1. Presidi a Bancoop de 2005 até a semana passada, quando me desliguei da cooperativa para assumir minhas funções como Secretário de Finanças e Planejamento do PT;

2. Nunca houve nenhum tipo de acusação contra mim e não respondo a nenhum processo, civil ou criminal

3. Em relação à investigação envolvendo a Bancoop, sempre nos colocamos à disposição das autoridades, agindo com total transparência, disponibilizando documentos e fazendo os esclarecimentos necessários à Promotoria e aos cooperados.

4. Repudio o tipo de jornalismo antiético praticado por Veja, que diz ter passado seis meses “investigando” o caso e em nenhum momento procurou ouvir a mim ou a Bancoop.

João Vaccari Neto
Secretário de Finanças e Planejamento do PT

 

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