OEA rechaça tentativa de golpe no Equador

Representantes dos países integrantes do Conselho fazem sessão extraordinária na tentativa de evitar golpe no país sul-americano

São Paulo – O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) reuniu-se nesta quinta-feira (30)  em regime de urgência devido à crise no Equador, motivada pela manifestação de policiais e militares contra medidas tomadas pelo presidente Rafael Correa. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, não descartou uma visita ao país sul-americano.

O conselho definiu pela emissão de um comunicado em que se repudia “qualquer tentativa de alterar a institucionalidade democrática do Equador.” A OEA manifestou seu respaldo ao governo constitucional de Rafael Correa e solicitou que o governo daquela nação continue informando o desdobramento dos fatos. A organização fez ainda “um enérgico chamado à força pública do Equador e aos setores políticos e sociais a evitar todo ato de violência que possa exacerbar uma situação de instabilidade política.”

Durante a sessão, o representante do Brasil na OEA leu a carta em que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, advertiu sofre a gravidade do ocorrido. “Há uma necessidade de combater de imediato qualquer anormalidade que comprometa a democracia no Equador”, dizia na carta. Chile e Argentina também demonstraram preocupação e total apoio a Correa.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou, em nota, a aspiração política em derrubar o governo de Correa. “Assim como ocorreu em Honduras, estamos diante de um golpe de estado. Portanto não deixemos o povo equatoriano e o presidente Correa sozinhos”, afirmou.

O representante dos Estados Unidos afirmou que o presidente americano, Barack Obama, condena qualquer tentativa de golpe ou possível tentativa de desestabilizar os governos democráticos.  Entretanto, o embaixador da Nicaragua, em nome do presidente Daniel Ortega, demonstrou apoio ao presidente equatoriano e advertiu sobre a suposta participação dos EUA no golpe de Honduras, assim como o incentivo a outros golpes de estado na América, entre eles o do Equador.

Leia também

Últimas notícias