Obama admite que perdeu de vista o papel de liderança

Hillary descarta se candidatar à Presidência em 2012 ou 2016

Washington – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu em uma entrevista transmitida nesta sexta-feira (5) que se concentrou em políticas, mas fracassou em conseguir o apoio das pessoas para suas iniciativas, o que levou os republicanos a avanços históricos nas eleições legislativas de terça-feira.

“Nós estávamos tão ocupados e tão focados em conseguir que uma porção de coisas fossem feitas que paramos de prestar atenção ao fato de que liderança não é apenas legislação”, disse Obama em um trecho da entrevista, concedida ao programa “60 Minutes”, da TV CBS.

Os republicanos descreveram sua vitória nas eleições legislativas de terça-feira como um repúdio dos eleitores à reforma no setor de saúde e aos programas de estímulo à economia, questões que dominaram os dois primeiros anos de mandato de Obama. Na eleição, os republicanos ganharam o controle da Câmara dos Representantes e avançaram no Senado.

Mas o presidente disse à CBS que vai procurar corrigir o rumo, já tendo em vista a campanha para sua reeleição em 2012.

“É uma questão de convencer as pessoas e lhes dar confiança, reuni-las, definir um tom e apresentar um argumento que as pessoas possam compreender”, disse Obama. “Não fomos sempre bem-sucedidos nisso e eu tenho responsabilidade pessoal por isso. É algo que tenho de examinar cuidadosamente enquanto sigo adiante”, declarou.

Eleições de 2012

Em entrevistas na Nova Zelândia, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que perdeu as prévias democratas para Barack Obama na eleição de 2008, deixou claro que não tem planos de concorrer à Presidência novamente, apesar de rumores de que ela poderia embarcar em uma nova disputa depois da derrota democrata na eleições parlamentares, na terça-feira (2).

Quando o canal TV3 New Zealand lhe perguntou se descartava a possibilidade de concorrer ao cargo em 2016, Hillary respondeu, de acordo com um repórter norte-americano: “Ah, sim, sim. Estou muito satisfeita de fazer o que estou fazendo como secretária de Estado.”

Em uma outra entrevista, com a TV New Zealand, ela afirmou esperar que o país esteja pronto para ter uma mulher na Presidência.

Quando lhe perguntaram se essa mulher poderia ser ela, a resposta foi: “Bem, eu não. Mas será alguém e é legal vir a países que já provaram que podem eleger uma mulher para as posições governamentais mais altas que possuem em seus sistemas.”

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