Paraguai: movimentos sociais ocupam capital em defesa de Lugo

Para camponeses, deputados que querem cassar presidente do Paraguai não passam de golpistas

Manifestantes ocupam praça em Assunção, em protesto contra processo de impeachment contra presidente Fernando Lugo (©Jorge Adorno/Reuters)

São Paulo – O Paraguai se prepara hoje (22) para o julgamento político do presidente Fernando Lugo, processo judicial que será vital para definir o panorama político do país. Neste sentido, movimentos sociais se organização para manifestar seu respaldo ao chefe de Estado.

O Congresso e o Senado decidiram abrir o processo depois dos acontecimentos da semana passada em Curuguaty (sudeste do país), onde morreram 17 pessoas entre policiais e trabalhadores rurais. A decisão provocou a manifestação de camponeses e movimentos sociais.

Pelo menos 2,5 mil pessoas amanheceram na Plaza de Armas e outros espaços públicos em frente ao Congresso para se manifestarem contra a medida, qualificada pelo presidente Lugo como “um golpe de Estado expresso”.

Dirigentes camponeses estão chamando os deputados de “golpistas” porque, em seu entendimento, não existem razões válidas para um julgamento político contra o mandatário.

O representante camponês, Elvio Bénitez, sustenta que “a medida do Legislativo é uma medida de repressão contra a democracia e o povo paraguaio”.

A ministra de Saúde, Esperanza Martínez, foi à praça que fica no centro da capital para instar os manifestantes a estarem atentos, “ante um processo que será longo e difícil”. “À força, não nos tirarão do governo”, disse.

A correspondente da Telesur no Paraguai, Amanda Huerta, informou que movimentos camponeses começaram à chegar ontem à tarde à capital. “Ficaram em vigília durante a noite para manifestar e apoiar o presidente Fernando Lugo”.

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