Em busca de preservar crescimento, Cristina Kirchner mantém ministros na Argentina

Divergência entre inflação oficial e indicadores medidos por institutos privados é outra questão-chave para a presidenta argentina

São Paulo – Quatro dias antes de tomar posse em seu segundo mandato como presidenta da Aregntina, Cristina Kirchner anunciou poucas mudanças na composição de seu governo para o próximo período. O gabinete terá alterações pontuais, provocadas pela eleição de expoentes no pleito de outubro. A opção indica que a continuidade será a aposta de Cristina para garantir a preservação dos patamares de crescimento econômico verificados nos últimos anos.

O cenário de crise externa, que acomete especialmente países desenvolvidos da Europa e os Estados Unidos, deve causar efeitos indiretos em nações emergentes e pobres, o que inclui a Argentina. A inflação medida por institutos independentes do poder público está relativamente elevada – de 20% a 25% ao ano, a depender da fonte. Dados oficiais, no entanto, registrarem variação mensal fixa de 0,8% ao mês desde fevereiro deste ano. Mesmo sindicatos justicialistas, historicamente alinhados, dão sinais de que podem cobrar reajustes salariais baseados nos indicadores do setor privado.

Depois da eleição de 23 de outubro, Cristina adotou medidas de controle do câmbio, com restrições a compra de dólares, e corte de despesas do setor público.
 
A equipe econômica terá uma mudança. Amado Boudou, eleito vice na chapa de Cristina, deixa o ministério da Economia, para dar lugar ao secretário de Finanças, Hernan Lorenzino. No Banco Central, Mercedes Marco del Pont permanecerá como presidenta.

No âmbito político, o chefe de gabinete, Aníbal Fernandez, deixa o cargo para assumir uma cadeira no Senado. Juan Manuel Abal Medina, visto como figura de confiança da presidenta na Secretaria de Comunicação, irá ocupar o cargo a partir deste sábado (10). O ministro de relações exteriores, Hector Timerman, seguirá no governo. O secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da chancelaria da argentina, Luis María Kreckler, já havia sido nomeado embaixador no Brasil no início de novembro.

Com informações da Agência Brasil

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