Cinco países iniciam ataques aéreos à Líbia

Nicolás Sarkozy e David Cameron entende que Khadafi não deixou outra alternativa que não o ataque (Foto: Benoit Tessier. Reuters) São Paulo – Enquanto o presidente Barack Obama visita o […]

Nicolás Sarkozy e David Cameron entende que Khadafi não deixou outra alternativa que não o ataque (Foto: Benoit Tessier. Reuters)

São Paulo – Enquanto o presidente Barack Obama visita o Brasil, forças militares de Estados Unidos, França, Grã Bretanha, Itália e Canadá iniciaram um ataque aéreo contra a Líbia. A ação é tomada dois dias após a autorização pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), votação durante a qual o Brasil optou por abster-se temendo que civis possam ser vítimas da ofensiva.

A operação nomeada Alvorada da Odisseia tem como principais alvos a defesa áerea das cidades de Trípoli e Misrata, de acordo com a coalizão de nações do Norte. O objetivo é minar as defesas do ditador Muhamar Khadafi, há 42 anos no poder. 25 navios da coalizão, incluindo três submarinos norte-americanos armados com mísseis Tomahawk, estão estacionados no Mediterrâneo. Cinco aviões de vigilância dos Estados Unidos também estão na região.

Na quinta-feira (17), após a decisão do Conselho de Segurança, Khadafi havia anunciado um cessar-fogo, atendendo à exigência de que a população líbia deixasse de sofrer ataques devido aos movimentos que visam ao fim do atual governo.

O presidente da França, Nicolás Sarkozy, defende que o ataque contra a Líbia é necessário para evitar que Khadafi promova uma ofensiva sobre Benghazi, cidade importante economicamente e que foi tomada por opositores ao atual regime. “Os envolvidos concordaram em utilizar todos os meios necessários, especialmente militares, para aplicar as decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse ele, que acrescentou que a ação militar será suspensa se o governo líbio interromper os ataques.

“O coronel Khadafi fez isto acontecer”, disse o primeiro-ministro britânico David Cameron aos repórteres após uma reunião em Paris. “Ele mentiu à comunidade internacional, prometeu um cessar fogo e o rompeu… não podemos permitir que o massacre de civis continue.”

França e Grã-Bretanha assumiram o protagonismo ao forçar a intervenção internacional na Líbia, e os EUA – após embarcarem em guerras no Afeganistão e no Iraque – têm tido dificuldade para enfatizar que apoiam, não lideram, a operação. A secretária de Estados dos EUA, Hillary Clinton, disse que seu país forneceria suas “habilidades únicas” para ajudar seus aliados europeus e canadenses a aplicar a resolução da ONU.

Mais cedo, no Brasil, Barack Obama havia a comunidade internacional iria agir rapidamente na Líbia. “Nosso consenso foi forte e nossa decisão é clara. O povo da Líbia precisa ser protegido e, na ausência de um fim imediato à violência contra civis, nossa coalizão está preparada para agir, e agir com urgência.”

Com informações da Reuters.

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