São Paulo – No segundo dia da visita ao Brasil, Jérôme Valcke, secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), mostrou-se bem impressionado com as instalações de Fortaleza para a Copa do Mundo de 2014. Ele visitou, nesta terça-feira (17), o estádio Castelão – além do centro de eventos –, que se tornou favorito para ser o palco do sorteio dos grupos do Mundial.

Valcke ainda deve visitar Salvador nesta terça. Ele permanece pelo menos até quinta (19), quando também serão discutidas questões como o mascote do evento, entre outros temas. O secretário-geral esteve ladeado do ex-jogador Ronaldo Nazário, membro do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local.

A capital do Ceará é uma das 12 cidades-sede do evento no país. Há seis partidas programadas para o local, das quais duas podem ser da Seleção Brasileira (na primeira fase e nas quartas de final), a depender do desempenho na competição. Fortaleza terá uma das semifinais da Copa das Confederações, em 2013.

“Vocês me conhecem. Se tenho que falar alguma coisa negativa, eu falo. O centro de eventos que eu vi hoje é impressionante. Pode-se dirigir um ônibus lá dentro”, elogiou. Ele calcula que 3 mil pessoas e mil jornalistas e profissionais de mídia estariam no local do sorteio.

São Paulo e Rio de Janeiro, que terão a abertura e a final da Copa, respectivamente, também querem receber o sorteio, programado para o segundo semestre de 2013. A vantagem de Fortaleza é a possibilidade de espalhar as atividades do Mundial pelo país. O sorteio das eliminatórias, em 2011, foi na capital fluminense, o que praticamente a exclui da disputa.

Segundo o governo cearense, Fortaleza tem 54% das obras concluídas, o que a coloca como a mais avançada. Valcke deu “parabéns” à cidade pelo esforço em trabalhos de mobilidade urbana e no aeroporto.

Na segunda-feira (16), Valcke cobrou mais rapidez do governo federal na aprovação da Lei Geral da Copa, em tramitação na Câmara Federal. O tema é uma das prioridades do Legislativo no ano. O relatório na comissão especial criada para a matéria foi apresentada, mas há polêmicas relacionadas à venda de bebidas alcoólicas em estádios durante o Mundial – prática vedada pelo Estatuto do Torcedor nas demais competições – e ao preço dos ingressos.

Com informações da Reuters