Morte de Donna Summer marca o fim de uma era também no Brasil

Donna Summer foi musa inspiradora de muitos artistas, entre eles, Michael Jackson (Brazil Photo Press/Folhapress) São Paulo – Globos prateados e muitas luzes coloridas girando nas pistas. Garotos imitando o […]

Donna Summer foi musa inspiradora de muitos artistas, entre eles, Michael Jackson (Brazil Photo Press/Folhapress)

São Paulo – Globos prateados e muitas luzes coloridas girando nas pistas. Garotos imitando o ator John Travolta e vestidos de terno branco, calça boca de sino, sapatos plataforma e golas enormes e pontudas. As meninas com meias de lurex, maquiagem carregada e sandálias de saltos altos e finos. A trilha sonora? Os hits da discoteca. Esse foi o cenário que tomou conta do mundo na segunda metade da década de 1970 e é lembrado com a morte da rainha da denominada “disco music”, a cantora norte-americana Donna Summer, nesta quinta-feira (17). Ela estava com 63 anos e sofria de câncer.

Com o vozeirão típico das mulheres que começaram cantando música gospel nas igrejas dos Estados Unidos, LaDonna Adna Gaines, ou melhor, Donna Summer, emplacou sucessos dançantes como “Love to Love You Baby”, “Once Upon a Time”, “I Remember Yesterday”, “Hot Stuff”, “Bad Girls” e “No More Tears (Enough is Enough)”, num dueto com Barbra Streisand. Em 1978, ela interpretou uma jovem que queria chegar ao estrelato da música disco, no filme “Até Que Enfim é Sexta-Feira”. A música-tema “Last Dance” lhe rendeu um Grammy e o Oscar de melhor canção no ano seguinte. Estima-se que ela tenha vendido mais de 130 milhões de discos no mundo todo. 

Musa inspiradora de Michael Jackson, Donna Summer se tornou até espécie de musa inspiradora para uma cantora brasileira, Zuleide Santos Silva, ou Lady Zu, que emplacou o sucesso “A Noite Vai Chegar”, que vendeu 1 milhão de cópias. A canção foi incluída também na trilha musical da telenovela “Sem Lenço, Sem Documento” e rendeu à artista o apelido de “Donna Summer brasileira”.

Bee Gees

Em 10 de maio, o jornal britânico The Telegraph noticiou o que pode ser que o câncer colorretal de outro ícone da discoteca, Robin Gibb, um dos integrantes dos Bee Gees, tenha se espalhado para o fígado. Ele saiu do coma no final de abril, se curou de uma pneumonia e tem 50% de chances de se recuperar do câncer, mas não se mexe e se comunica apenas piscando os olhos.

Os Bee Gees eram formados pelos irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb, e se tornaram uns dos artistas que mais venderam discos na história, muito em função da trilha musical do filme “Embalos de Sábado à Noite” (Saturday Night Fever), dirigido por John Badham, em 1977, e estrelado por John Travolta, que interpreta um dançarino. Foram mais de 37 milhões de cópias vendidas, de acordo com a revista norte-americana “Billboard”. Ali estavam os grandes sucessos do trio, como “Stayin’ Alive”, “How Deep Is Your Love”, “Night Fever”, “More Than a Woman”, “Jive Talkin” e “You Should Be Dancing”.

No Brasil, a discoteca também foi popularizada pela telenovela “Dancin’Days”, exibida pela TV Globo, de 10 de julho de 1978 a 27 de janeiro de 1979. Essa produção emplacou a moda das discotecas no Brasil, ao ser inspirada numa criada pelo jornalista, empresário e produtor musical Nelson Motta. Também fez com que o Brasil inteiro cantasse e dançasse a música homônima de abertura, interpretada pelo grupo As Frenéticas, que começaram como garçonetes e dançarinas da tal casa noturna. Foram delas sucessos como “Perigosa” e “O Preto Que Satisfaz”, entre outros.

 

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