Mercedes-Benz abre sete minibibliotecas na linha de produção em São Bernardo

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e montadora inauguram na manhã desta sexta-feira (28) o programa Leitura nas Fábricas

São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Mercedes-Benz inauguram na manhã desta sexta-feira (28) o programa Leitura nas Fábricas, que colocará à disposição dos trabalhadores sete minibibliotecas instaladas na linha de produção da montadora.

Além dos diretores da multinacional e do presidente do sindicato, Sérgio Nobre, o ato contará com a participação dos prefeitos Luiz Marinho, de São Bernardo, e Mário Reali, de Diadema, e Fabiano dos Santos Piúba, diretor do Livro e da Leitura do Ministério da Cultura (MinC). Todos são parceiros do programa, já implantado em sete fábricas de Diadema, beneficiando 5 mil trabalhadores.

A Mercedes, com 12 mil empregados, é a primeira montadora a aderir ao programa. A previsão é que, até o final do ano, outros 18 pontos sejam inaugurados no ABC. O evento terá a apresentação de músicos da Orquestra Filarmônica Vera Cruz, de São Bernardo, com regência do maestro Julio Medaglia.

O Leitura nas Fábricas é parte do Programa Mais Cultura, do MinC. Lançado em outubro de 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Decreto 6.226), o Mais Cultura marca o reconhecimento da cultura como necessidade básica, direito de todos os brasileiros, tanto quanto a alimentação, a saúde, a moradia, a educação e o voto e visa ampliar o acesso a bens e serviços culturais. 

Nas empresas de Diadema, os familiares têm acesso às bibliotecas. Na Mercedes, isso não será possível. No entanto, os livros poderão ser levados para casa.

Segundo o sindicato, essa iniciativa garante acesso direto a uma minibiblioteca onde é possível ler nos horários de café, refeições ou fora da jornada de trabalho. Cada fábrica que adere ao projeto recebe um kit com 650 livros, mobiliário, incluindo pufes, computador e impressora. Em Diadema, os pontos são integrados à rede de bibliotecas municipais, que dão acesso a um acervo de 80 mil livros. São títulos da literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, além de livros didáticos, DVDs e enciclopédias.

Agentes de leitura

Funcionários da empresa são treinados pelas prefeituras parceiras e tornam-se agentes de leitura para cuidar do ponto e dar orientação e atendimento aos leitores. A capacitação de agentes de leitura é estruturada em oito encontros de três horas de duração, realizados no sindicato.

Em Diadema, aderiram ao Leitura nas Fábricas as empresas Apis, Delta, Delga, IGP, Autometal, Legas, Grupo Papaiz, Uniforja, TRW, Uniferco e Metalpart (as três últimas ainda não inauguraram seus espaços). Além das fábricas da base dos metalúrgicos, algumas empresas filiadas aos sindicatos da construção civil e moveleiros e dos químicos do ABC terão pontos de leitura.

De acordo com o sindicato, além de biblioteca, o ponto de leitura virou espaço cultural. Na Legas Metal (Diadema), já foram realizados saraus com contação de histórias, peça teatral, show musi­cal com trabalhado­res da própria empresa. Também foram exibidos filmes curta metra­gens na hora do almoço e realizada exposição de fotos. Os saraus e eventos reúnem centenas de pessoas, a maior parte familiares dos trabalhadores.

Por conta disso, o Ministério da Cultura divulgou em setembro passado que o Leitura nas Fábricas vai servir de base para um novo programa do governo federal, o Cultura no Mundo do Trabalho.

A iniciativa prevê a instalação de pon­tos culturais em bairros com dois agentes para organizar apresentações musicais e teatrais, exi­bição de filmes e outras manifestações artísticas, integrando as ações já desenvolvidas pelo Mi­nC.

 

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