Com marcha, trabalhadores da cultura deixam sede da Funarte em São Paulo

Protesto contra a privatização do setor termina em frente ao Itaú Cultural na Avenida Paulista

São Paulo – Após uma semana de ocupação ao prédio da Fundação Nacional de Arte (Funarte) na capital paulista, trabalhadores da cultura decidiram deixar o edifício. Com uma marcha de Campos Elíseos, na região central, até a avenida Paulista, eles mantêm o tom do protesto contra a política cultural do país, com severas críticas ao corte no orçamento do ministério responsável pela área.

Ao chegar no destino, um dos alvos foi o prédio do Itaú Cultural. Os ativistas ocuparam a entrada da sede da organização, vinculada ao banco de mesmo nome. Assentos sanitários foram deixados no local como protesto, além de um vaso sanitário ter sido cimentado na calçada.

Antes de deixar o local, onde permaneciam desde 25 de julho, foi lido o manifesto do movimento. Cerca de 300 pessoas percorrem as ruas do Centro com assentos de vaso sanitário na cabeça e cantando palavras de ordem que sugerem que a política para o setor está “na privada”. Desde o início da ocupação, no manifesto “Cultura já! É hora de perder a paciência”, eles advogam que há uma privatização da gestão da área.

Eles reivindicam ainda uma política de governo mais clara e duradoura para a área, além de promover duras críticas à Lei Rouanet, de incentivo fiscal a produções artísticas e culturais.

Inicialmente, a marcha não era acompanhada nem pela Polícia Militar nem por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). No percurso, cinco viaturas da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), da PM, passaram a acompanhar os ativistas.

Um vídeo foi divulgado satirizando os cortes de orçamento do Ministério da Cultura (clique aqui para assistir). Diferentemente de outras manifestações envolvendo a pasta, os ativistas que ocupavam a Funarte não direcionam críticas à ministra Ana de Hollanda, mas ao modelo de política que, segundo eles, permanece nos últimos anos.

 

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