No palco Arouche da Virada, problemas técnicos e salada musical

(Foto:Rodrigo Dias/Jornada Fotográfica Virada Cultural 2011) São Paulo – Um dos palcos mais lotados da sétima edição da Virada Cultural é o instalado no Largo do Arouche, no centro de […]

(Foto:Rodrigo Dias/Jornada Fotográfica Virada Cultural 2011)

São Paulo – Um dos palcos mais lotados da sétima edição da Virada Cultural é o instalado no Largo do Arouche, no centro de São Paulo. Com artistas tão variados como Elymar Santos e Erasmo Carlos, passando por A Cor do Som, Marina Lima, Ritchie e Banda Mel, esse espaço chamou atenção, infelizmente, pelos vários problemas técnicos, que obrigaram a apresentadora Rita Cadillac se virar de modo até surpreendente.

Autor de sucessos românticos dos anos 1970, o cantor e compositor mineiro Fernando Mendes começou pontualmente às 18 horas e, aparentemente, não enfrentou muitas dificuldades em sua apresentação e agitou a plateia com seus sucessos Cadeira de Rodas e Você Não Me Ensinou a Te Esquecer.

Em seguida, foi a vez de o cantor carioca botar todo mundo para dançar com suas interpretações de clássicos da música, indo do latino Corazón Partido, de Alejandro Sanz até Saudosa Maloca e Trem das Onze, de Adoniran Barbosa, Não Quero Dinheiro, do Tim Maia, e O Que É O Que É, de Gonzaguinha. Prestando homenagem a Angela Maria e Charles Chaplin, a certa altura, ele questionou a multidão: “Vocês sabem o meu nome?”.

A partir daí, começaram os problemas. O cantor e compositor Ritchie atrasou mais de meia hora para começar seu show e, mesmo assim, em alguns momentos mal deu para escutar sua flauta transversal ou o que dizia através de um auto-falante. Foi quando entrou em cena com força a dona da festa, Rita Cadillac, conversando com os músicos e convidando anônimos, como o rapaz Roger, de Londrina, para cantar, no caso uma música sertaneja da dupla Leandro & Leonardo. Ela quase entregou o Troféu Abacaxi, relembrando o Velho Guerreiro, Chacrinha. Rita também simulou por várias vezes um striptease, que não completou dizendo que poderia ser presa.

Mesmo atrasado, Ritchie relembrou músicas dos anos 80, como Shy Moon, A Vida Tem Dessas Coisas, Pelo Interfone e A Mulher Invisível, até levar todo mundo ao delírio com seu maior sucesso, Menina Veneno. Em seguida, foi a vez da cantora e compositora Marina Lima, aparentemente nervosa, apresentar antigos clássicos com novos arranjos. Foi o que se ouviu logo de cara em Fullgás. A multidão cantou em coro: “Você me abre seus braços / E a gente faz um país”. Desde então, ela reclamou da qualidade do som inúmeras vezes, ficou cada vez mais irritada, se comparou a Tim Maia no perfeccionismo sonoro, contou que estava muito feliz como nova moradora da cidade, e, já no fim, declarou: “Eu sei o que é bom”. A verdade é que ela estava com toda a razão. O som no show dela, inexplicavelmente, estava péssimo, o que fez com que muitas pessoas optassem por tentar a sorte em outro palco.

Sensual como sempre e demonstrando estar com um físico invejável para uma pessoa de 55 anos, ela tocou guitarra, tirou seu casaco, provocando frisson, e até brincou com seu amigo de longa data Lobão, dizendo que era muito mais amiga dele do que de Chapeuzinho Vermelho, antes de cantar Me Chama. Claro que não faltaram também músicas como Ainda é Cedo, Charme do Mundo, Uma Noite e ½ e À Francesa, além de uma ótima canção nova em inglês que lembra trechos das melodias de Satisfaction, dos Rolling Stones, e Light my Fire, do Doors. Ela deixou o palco num misto de emoção e irritação, abrindo espaço para a festa seguir com Banda Mel, Orquestra Voadora, Big Time Orchestra e Zéu Britto.

Veja a programação do Palco Arouche a partir das 10h de domingo, 18 de abril:
11h – A Cor do Som
13h – Os Incríveis
15h – Los Sraitjackets, dos Estados Unidos
17h – Erasmo Carlos

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