Haddad acusa Kassab de paralisar obras em escolas após eleições

Cerca de 4 mil crianças foram matriculadas em creches e pré-escolas que não ficaram prontas para o início do ano letivo, e estão sem aulas ou sendo realocadas provisoriamente

O prefeito Fernando Haddad na chegada à CBN (Foto: Alexandre Moreira/Brazil Photo Press/Folhapress)

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou hoje (21), em entrevista à rádio CBN, que retomará as obras das escolas que não ficaram prontas para o início do ano letivo para que, “em no máximo 60 dias”, elas estejam em condição de receber os alunos. Por conta do atraso, que afeta 11 creches e sete pré-escolas, quase 4 mil crianças matriculadas não começaram as aulas, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo em sua edição de hoje (21).

De acordo com Haddad, a administração anterior, do prefeito Gilberto Kassab (PSD), suspendeu as obras logo depois das eleições, quando seu candidato, José Serra (PSDB), foi derrotado pelo petista no segundo turno. “Depois da eleição muitos contratos foram paralisados”, afirmou na entrevista. Para Haddad, a soluça imediata, enquanto as obras não ficam prontas, é a realocação das crianças em outras unidades.

É o que já está ocorrendo com os alunos matriculados nas pré-escolas. Já as crianças das creches inacabadas, que totalizam 1.600, segundo a Secretaria de Educação, devem esperar em casa pelo término das obras. Ao todo, 93.814 crianças aguardam uma vaga em creche na capital paulista.

A Secretaria de Educação informou que só 75% do total previsto para obras em 2012 (R$ 319 milhões) foram pagos às empresas responsáveis e que 89% do total chegou a ser reservado para o pagamento. Para os atuais dirigentes da pasta, a inscrição em escolas ainda em obras foram irregulares. “O correto seria não ter feito as matrículas. Só deveriam ter sido feitas quando o prédio já existisse”, afirmou o chefe de gabinete da Secretaria de Educação, Sinoel Batista, à Folha.

Já a assessoria de imprensa do ex-prefeito Gilberto Kassab afirmou, em nota, que as matrículas tiveram de ser feitas para que “o atendimento fosse dimensionado” e para que fossem providenciados trabalhadores e infraestrutura para as unidades. O texto não faz menção ao atraso na entrega das escolas e à diminuição de recursos para obras no final da gestão.

Com informações da Folha de S. Paulo e da CBN

 

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