Professores de São Paulo têm o menor tempo para preparo de aula no país, segundo pesquisa

São Paulo – Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) detectou que os professores da rede estadual de ensino oficial de São Paulo têm a menor porcentagem […]

São Paulo – Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) detectou que os professores da rede estadual de ensino oficial de São Paulo têm a menor porcentagem da jornada de trabalho destinada a atividades fora da sala de aula de todo país. Apenas 17% da jornada dos docentes paulistas está comprometida com atividades preparatórias e de formação. Já 83% do tempo do professor é dedicado a atividades com alunos em salas de aula.

Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o índice é baixo e leva a uma excessiva carga de trabalho com alunos. “As atividades extraclasses são fundamentais para a qualidade do ensino”, alerta a entidade, por meio de nota à imprensa.

O desequilíbrio entre o tempo destinado à preparação de aulas – que deveria incluir formação continuada do docente – e as atividades em sala de aula ajuda a explicar o adoecimento dos professores, aponta a Apeoesp. “Pesquisas mostram alta incidência de doenças da voz, estresse, LER (Lesão por Esforço Repetitivo), tendinites e outras enfermidades entre os professores”, descreve a Apeoesp.

A melhor situação identificada pelo estudo ocorre no Mato Grosso do Sul. No estado, os professores têm 50% da jornada destinados à preparação de aulas, correção de trabalhos, tarefas pedagógicas coletivas e formação continuada.

Segundo a Apeoesp, o mínimo necessário é o que estabelece a Lei 11.738/2008, que também trata do piso salarial nacional para docentes. “De imediato, lutamos por no mínimo 33% para atividades extraclasses”, propõe o sindicato.

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