Em dez anos, ocupação, formalização, rendimento e escolaridade crescem

Segundo levantamento do IBGE, também aumentou a presença de mulheres e negros entre os trabalhadores com carteira assinada

O emprego com carteira assinada no setor privado cresceu 53,6%, segundo o IBGE (Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil)

São Paulo – Levantamento divulgado hoje (30) pelo IBGE, em alusão ao Dia do Trabalho, ratifica a expansão da ocupação, do emprego formal, do nível de renda e da escolaridade no mercado de trabalho brasileiro em dez anos, de 2003 a 2012. Aponta também maior presença de mulheres e negros no emprego formal.

Segundo o instituto, a ocupação total cresceu 24% no período, com 4,5 milhões de pessoas a mais – de 18,5 milhões para 23 milhões. Já o emprego com carteira assinada no setor privado aumentou 53,6%, acréscimo de aproximadamente 4 milhões, de 7,3 milhões para 11,3 milhões. Os empregados com carteira, que representavam 39,7% dos ocupados em 2003, passaram a 49,2% no ano passado. Os sem carteira foram de 15,5% para 10,6%. Os trabalhadores por conta própria foram de 20% para 17,8% e os domésticos, de 7,6% para 6,6%.

Também de 2003 a 2012, o rendimento médio dos ocupados cresceu 27,2% e atingiu R$ 1.793,69. Entre os empregados com carteira privada, esse crescimento foi de 14,7% para R$ 1.643,30.

O estudo do IBGE mostra ainda mudanças no perfil dos ocupados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Os empregados com carteira assinada no setor privado sem instrução ou com menos oito anos de estudo eram 26,8% do total em 2003 e passaram a 15,3% no ano passado. Na outra ponta, aqueles com 11 anos ou mais de estudo foram de 53,5% para 68,7%.

No recorte por gênero, os homens eram 58,7% do total de ocupados formais em 2012, ante 62,4% em 2003. A presença das mulheres subiu de 37,7% para 41,3%. Os ocupados de cor branca eram 58,1% e passaram a 52,8%. Os pretos ou pardos, conforme a classificação do IBGE, aumentaram de 41% para 46,1%.