Serviços e construção civil sustentam alta do emprego formal em março

País criou 111.746 empregos com carteira assinada. No ano, são 442.608

São Paulo – O mercado formal de trabalho criou 111.746 empregos em março, resultado de 1,881 milhão de contratações e 1,769 milhão de demissões, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (16) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado foi 20,6% superior ao de igual mês de 2011 (92.675) e determinado, principalmente, pelo desempenho do setor de serviços e de construção civil. O recorde para março continua sendo de 2010 (saldo de 266.415 vagas com carteira assinada). 

Com os números de março, o saldo acumulado no ano, na série ajustada (com informações declaradas fora do prazo), atinge 442.608 empregos formais. Em 12 meses, são 1.761.455 postos de trabalho a mais, expansão de 4,82%.

O setor de serviços abriu 83.182 vagas no mês passado (crescimento de 0,53%), enquanto o de construção criou 35.935, na maior variação percentual (1,21%) e no segundo melhor resultado para o mês. A indústria de transformação fechou 5.048 postos de trabalho (-0,06%) , o comércio abriu 6.412 (0,08%) e a administração pública, 5.724 (0,70%). A maior queda foi da agropecuária, com 17.084 vagas a menos (-1,09%).

No caso da indústria, o resultado negativo se deve, principalmente, ao desempenho do segmento de produtos alimentícios, com redução de 25.211 empregos no mês (-1,34%). Segundo o ministério, o maior impacto para o ramo veio do Nordeste (-33.704 postos de trabalho), queda relacionada às atividades de fabricação de açúcar. Segundo o diretor do Departamento de Emprego e Salários, Rodolfo Torelly, a queda na agricultura – em resultado incomum para o período – teve efeito direto no setor de alimentos. “Esse foi o principal fator que impediu um resultado positivo para a indústria.”

No primeiro trimestre, a maior parte dos empregos formais vem do setor de serviços, com saldo de 261.285 vagas (1,7%). Percentualmente, a maior alta (4,25%) é da construção civil, que abriu 122.662 empregos. A indústria de transformação abriu 57.759 postos de trabalho (0,71%) e a administração pública, 21.176 (2,65%). A agricultura ficou praticamente estável, com variação de -0,07% (-1.025 vagas), enquanto o comércio caiu 0,31% (-26.732).

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