País cria 215 mil vagas formais em junho e 1,4 milhão no primeiro semestre

Ritmo é um pouco menor, mas resultado de junho foi o segundo melhor para o mês na série histórica do Caged

São Paulo – Embora com ritmo menor em relação aos dois meses anteriores, o país teve o segundo melhor resultado para junho na criação de empregos formais. No mês passado, foram abertos 215.393 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 1.781.817 admissões e 1.566.424 demissões. O recorde é de 2008 (309.442). Os números, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta terça-feira (19) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No primeiro semestre, o saldo foi de 1.414.660 vagas, abaixo de igual período de 2010 (1.634.357), recorde semestral do Caged. Apesar da queda, o saldo deste ano é o terceiro melhor.

Nessa primeira metade de 2011, o setor de serviços respondeu por 564.170 empregos formais, saldo recorde, com crescimento de 3,92% sobre o estoque. Em seguida, vêm indústria (261.515), agricultura (235.381, expansão de 15,81%, maior taxa de crescimento entre os setores), construção civil (186.224) e comércio (120.982). Em 12 meses, o emprego com carteira cresce 6,41%, com acréscimo de 2.249.365 postos de trabalho.

Apenas em junho, a maior quantidade de empregos criados foi da agricultura (75.227 vagas,  alta de 4,60%). Percentualmente, a construção civil se destacou, com alta de 1,15% (saldo de 30.531). O comércio abriu 29.967 postos de trabalho (1,15%) e a indústria, 22.618 (0,28%).

O ministro Carlos Lupi afirma que o segundo semestre será ainda melhor. “O segundo semestre de 2010 teve efeito forte do processo eleitoral, com limitações para contratações. Ao contrário do que a maioria espera para o segundo semestre deste ano, eu, como otimista que sou, acho que vai ser que o primeiro. Hoje eu vejo muita substituição de investimento, que está mais restrito ao capital nacional, pelo investimento do capital internacional. Muitas multinacionais investindo no Brasil, muitas empresas apostando numa lucratividade maior nas suas filiais brasileiras, muitas empresas crescendo. Por causa desses motivos acredito em um crescimento maior”, afirmou.