Prefeitura ‘esquece’ verba milionária para melhorar trânsito de São Paulo

Semáforos inteligentes estavam previstos em empréstimo de US$ 100,4 milhões tomado junto ao BID em 2004. Fragilidade do sistema atual fica evidente no período de chuvas

Carros parados, pedestres sob risco em dia de chuva em SP. Prefeitura congela projeto da gestão Marta e impõe transtornos à população (CC/Leandro Siqueira)

São Paulo – Apesar da proximidade do verão e de um novo período de chuvas, quando são frequentes os congestionamentos e os transtornos aos motoristas e pedestres que circulam na capital paulista, cerca de US$ 27,7 milhões, já à disposição da prefeitura, aguardam para ser aplicados na melhoria do sistema viário e de transporte público desde 2004.

A verba é parte de um empréstimo de US$ 100,4 milhões tomado naquele ano junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ainda na administração de Marta Suplicy (PT), para financiar um conjunto de intervenções na região central da capital paulista conhecido como Procentro. As medidas incluíam a instalação de controles automatizados dos semáforos e de monitoração do trânsito de veículos.

O programa contava ainda com US$ 84,5 milhões da própria prefeitura. Em 2006, o então prefeito José Serra (PSDB) reformulou as ações propostas originalmente – e que foram novamente modificadas em 2011, já na gestão de Gilberto Kassab (PSD). 

Segundo balanço divulgado pela própria prefeitura, até o final de setembro cerca de U$S 125,4 milhões haviam sido utilizados em diversos projetos e obras no Centro, como a reforma da Praça Roosevelt, que teve o custo mais alto de todas as ações previstas no acordo feito com o banco de fomento, pouco mais de U$S 35 milhões. No mesmo relatório, os US$ 27,7 milhões relativos os semáforos apresentação situação “a iniciar”.

Questionada ontem (29), a assessoria de imprensa da prefeitura não esclareceu o motivo da não aplicação dos recursos. 

 

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