Pacote federal contra o crime em São Paulo inclui ‘inteligência’ e ações conjuntas

Ao lado do governador Geraldo Alckmin, ministro José Eduardo Cardozo disse que um dos objetivos é asfixiar financeiramente o PCC

Alckmin e José Eduardo Cardozo explicaram, em coletiva, medidas de combate à criminalidade em SP: Exército fica de fora (© Nelson Antoine/Folhapress)

São Paulo – O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, desembarcou hoje (6) em São Paulo com um pacote de medidas do governo federal de combate ao crime organizado e de contenção da violência no estado. Entre as medidas anunciadas ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) está a criação de uma agência de atuação integrada, que desenvolverá, segundo Cardozo, um trabalho de inteligência para nortear ações preventivas e repressivas.

O ministro explicou que um dos objetivos centrais da parceria é identificar a origem do dinheiro que financia o crime organizado no estado, cortar os canais por onde passam esses recursos e “asfixiar financeiramente” as operações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A coordenação dos trabalhos da agência será feita pelo superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Ciciliati Troncon Filho, e pelo secretário adjunto de Segurança Pública de São Paulo, Jair Burgui Manzano.

De parte do governo federal, a agência será formada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Ministério da Justiça e Receita Federal. Pelo governo estadual farão parte a Secretaria de Segurança Publica, a Secretaria de Administração Penitenciária, a Secretaria da Fazenda, as polícias Militar e Civil e o Ministério Público Estadual. Além desses, o Tribunal de Justiça de São Paulo também foi convidado a integrar a agência.

Na próxima segunda-feira (12), a agência realizará sua primeira reunião ordinária, com objetivo de estabelecer quais serão as primeiras ações. O ministro adiantou que será criado um plano de contenção em terra, mar e ar para fiscalizar os acessos ao estado de São Paulo, pretendendo-se combater diversas formas de crime. Também serão tomadas as primeiras medidas de um plano de combate ao crack.

Outro ponto é transferência de alguns criminosos para presídios federais, principalmente os que atuaram nos recentes assassinatos de policiais militares. Haverá também um centro de comando e controle integrado.

Cardozo descartou enviar a Guarda Nacional ou o Exército para São Paulo.

 

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