Incêndio destrói mais uma favela em São Paulo; já são 30 ocorrências neste ano

Vinte e quatro equipes do corpo de bombeiros foram mobilizadas para apagar as chamas (Foto: Anderson Gores/ABCDigipress/Folhapress) São Paulo – O incêndio de grandes proporções que atingiu na tarde de […]

Vinte e quatro equipes do corpo de bombeiros foram mobilizadas para apagar as chamas (Foto: Anderson Gores/ABCDigipress/Folhapress)

São Paulo – O incêndio de grandes proporções que atingiu na tarde de hoje (3) a Favela do Piolho, na conjunção das ruas Cristóvão Pereira e Sônia Ribeiro, no bairro Campo Belo, na zona sul de São Paulo, deixou três pessoas feridas. De acordo com o subprefeito de Santo Amaro, Roberto Costa, das 595 famílias que moram na comunidade, 285 foram atingidas, o que pode resultar, pelos cálculos da Defesa Civil e da subprefeitura, em cerca de 1.140 pessoas desabrigadas. Elas serão cadastradas por equipes da Assistência Social para receber ajuda.

De acordo com dados da Defesa Civil, já aconteceram 30 incêndios em favelas na cidade, somente neste ano. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos incêndios em favelas na Câmara Municipal de São Paulo foi prorrogada recentemente, após quatro meses de sua instalação e praticamente sem andamento. A primeira reunião foi realizada na última quarta-feira. Em 2005, quando assumiu a prefeitura, o atual candidato a prefeitura de São Paulo José Serra, extinguiu o programa de prevenção de incêndios em favelas.

O coronel do Corpo de Bombeiros José Luis Borges disse que os incêndios recorrentes em favelas devem-se a questões metereológicas, com tempos seco e ventos fortes. 

O coronel da Defesa Civil Jair Paca de Lima disse que a origem provável do incêndio foi um lixão, localizado no centro da favela. “Alguém pode ter colocado fogo e houve propagação. Estamos vivendo um momento de baixa umidade do ar e aqui também tem fortes ventos. Isso deve ter se propagado rapidamente”, afirmou.

De acordo com informações da moradora Fátima Silva, a Polícia Militar não permitiu que os moradores retirassem os pertences das casas. 

A moradora Elen Fabricio da Costa perdeu tudo no incêndio. “Nosso barraco foi um dos primeiros barracos a pegar fogo. Eu tinha descido para visitar a minha tia e, dez minutos depois, ouvi que estava pegando fogo. Subi para a minha casa e ela estava toda arrasada. Perdi tudo. Só estou com a roupa do corpo, minha filha e meu marido”, lamentou. 

Com informações da Agência Brasil

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