PM paulista usa violência contra ato por liberdade de expressão

Polícia militar paulista volta a reprimir manifestação de cidadãos com violência (Foto: ©Zanone Fraissat/Folhapress São Paulo – Mais uma vez a Polícia Militar de São Paulo usa bombas de gás […]

Polícia militar paulista volta a reprimir manifestação de cidadãos com violência (Foto: ©Zanone Fraissat/Folhapress

São Paulo – Mais uma vez a Polícia Militar de São Paulo usa bombas de gás lacrimogênio e violência contra uma manifestação de populares na capital. 

Desta vez foi para dispersar a chamada Marcha da Maconha – nome dado a um protesto organizado para chamar a atenção para a necessidade de um debate amplo sobre a política de criminalização das drogas no país.

A manifestação acontecia na tarde deste sábado (21) na avenida Paulista, na região central de São Paulo. Por volta de 15h, cerca de 800 pessoas (segundo os organizadores da passeata) saíram do vão do Masp  e seguiram em passeata – previamente organizada e combinada com a CET e a própria PM, segundo os promotores do ato – em direção à praça Roosevelt.

Segundo testemunhas, desde o início da caminhada a PM mostrou que estava disposta a intimidar os manifestantes. “Eles (os policiais) estao atrás da gente batendo os cacetetes no escudos. Estupidez”, postou uma participante no Twitter.

Outros posts deixavam claro que a tensão crescia. Dois outros rapazes foram presos. Segundo relatos, um deles distribuía panfletos e outro portava uma lata de tinta spray usada por grafiteiros.

Outras quatro pessoas também foram detidas e todas foram levadas ao 4º DP.

Outros fins

A chamada Marcha da Maconha havia sido proibida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) na noite da sexta (20). Na visão do desembargador Teodomiro Mendez, da 2ª Câmara de Direito Criminal do TJ, o movimento é considerado “crime de indução ou instigação ao uso de drogas”, segundo o despacho que proferiu.

Comunicados da proibição, os organizadores do movimento decidiram mudar o tema do protesto, que passou a ser em prol da liberdade de expressão e pela discussão ampla da sociedade sobre a criminalização das drogas no país.

O itinerário da passeata que se seguiria à concentração no vão livre do Masp foi definido ainda na tarde de sexta-feira, em reunião com o comando da Polícia Militar.