Movimento não descarta reunião com secretário, mas cobra presença de Kassab

Diante do Teatro Municipal, manifestante passa por revista (Foto: Paulo Pepe) São Paulo – Representantes do movimento contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo demonstraram desinteresse, nesta […]

Diante do Teatro Municipal, manifestante passa por revista (Foto: Paulo Pepe)

São Paulo – Representantes do movimento contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo demonstraram desinteresse, nesta quinta-feira (24), pela proposta de negociação com a Secretaria de Transportes. Em nota oficial da prefeitura datada de quarta-feira (23), a administração municipal propôs uma reunião em 4 de março entre os ativistas e representantes da Secretaria de Transportes.

Para o professor de história e militante do MPL Lucas Monteiro, o encontro vem em resposta às mobilizações das últimas semanas, mas não soluciona os problemas. “Não é suficiente porque a secretaria não tem esse poder de reduzir  a tarifa. Queremos nos reunir é com o prefeito”, critica. A nota da prefeitura ressalta a disposição da Prefeitura em manter o diálogo com o MPL. Clique aqui para ler a nota.

Cerca de 5 mil pessoas participam da manifestação desta quinta, segundo o MPL. Já para a Polícia Militar (PM) havia 2,5 mil. Foi o sétimo ato, pela sétima semana consecutiva. Em 5 de janeiro, a tarifa de ônibus foi reajustada de R$ 2,70 para R$ 3, aumento de 11,11%, quase o dobro dos 6,47% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Mais policiamento

A manifestação desta quinta teve mais policiamento do que nas semanas anteriores, mas sem episódios mais sérios de tensão, nem repressão violenta aos ativistas. Havia 130 homens da PM posicionados desde o início da tarde pela região do Viaduto do Chá, no Centro da capital paulista. A preocupação era a possibilidade de novamente haver uma concentração na sede da administração municipal, como ocorreu na semana passada.

Muitas pessoas foram revistadas, mas apenas uma prisão foi registrada, de um jovem de 19 anos que se declarou membro do movimento punk da cidade. A detenção ocorreu na Praça Ramos de Azevedo. O jovem foi acusado de portar um coquetel molotov e duas bombas caseiras, supostamente destinadas a serem usadas na passeata. Segundo a PM,  ele  foi encaminhado ao 3º Distrito Policial.

Depois de partir do Teatro Municipal, onde se reuniram, os manifestantes deslocaram-se para o terminal Parque Dom Pedro II.  A PM montou um cordão de isolamento e depois de negociação entre o movimento e a polícia, os manifestantes passaram por dentro do terminal entregando panfletos a população. A passeata terminou por volta das 21h30, diante da Prefeitura.

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