Manifestação contra aumento de tarifa reúne mais de 4 mil em SP

Presidente da Câmara firma compromisso com o Movimento do Passe Livre de convocar audiência pública com o secretário de Transportes

Manifestantes em passeata pelo centro de São Paulo (Foto: Jéssica Souza/RBA)

São Paulo – Pela terceira vez, manifestantes contrários ao aumento da tarifa de ônibus fizeram um protesto em São Paulo. O ato desta quinta-feira (27) contou com  4,5 mil pessoas, de acordo com o Movimento do Passe Livre (MPL). Saíram do Teatro Municipal, percorrendo ruas do Centro até a Câmara dos Vereadores. Segundo o tenente André Luís Zandonadi, a manifestação foi pacífica e ao todo 3,5 mil pessoas participaram da passeata.

Na frente da Câmara,  o presidente da Casa, Police Neto (PSDB), e uma comissão de vereadores se reuniram com os manifestantes. Neto recebeu uma carta de reivindicações e firmou o compromisso de convocar uma audiência pública com  o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco.

“A Câmara não tem atribuição de revisar a tarifa, isso é uma política que o município mesmo instala. Mas nosso esforço será para abrir um canal de diálogo para discutir a política de transporte público e política tarifária na cidade”, afirmou Police Neto.

Segundo o líder do PT na Câmara, José Américo, os vereadores devem  aprovar a convocação do secretário na próxima quarta-feira (2).

Para a moradora do M’Boi Mirim e participante da mobilização Josefa Barbosa do Nascimento , a série de manifestações terá resultados. “O ato é importante para chamar atenção das autoridades porque o ônibus é ruim. Mesmo assim, continua aumentando de valor enquanto o trabalhador sofre”, disse. De acordo com ela, a única linha de ônibus oficial em seu bairro, o Jardim Horizonte Azul, foi retirada de circulação. “Agora só operam cooperativas.”

Segundo Mariana Toledo, uma das representantes do MPL, a manifestação representou uma grande vitória para o movimento. “Nossa luta teve força o suficiente para fazer o trajeto completo, diferente do dia 13 em que fomos impedidos de continuar”, comemorou. Há duas semanas, a passeata que iria terminar na frente da Câmara foi dispersa pela PM na Praça da República, na altura da Secretaria Estadual de Educação.

O protesto se deve ao aumento de 11% do transporte público na capital, de R$ 2,70 para R$ 3, no último dia 5.

 

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