Página na internet pede comissão da verdade na USP

São Paulo – Foi lançada esta semana na internet a página que pede a instalação de uma comissão destinada a apurar as relações entre a Universidade de São Paulo (USP), […]

São Paulo – Foi lançada esta semana na internet a página que pede a instalação de uma comissão destinada a apurar as relações entre a Universidade de São Paulo (USP), a maior do país, e a ditadura (1964-85). O trabalho é realizado pelo Fórum Aberto pela Democratização da USP, que reúne o Diretório Central de Estudantes (DCE), a Associação dos Docentes (Adusp), o Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp) e vários centros acadêmicos.

Um manifesto afirma que não ocorreu, até hoje, o devido empenho da administração da instituição para apurar os laços entre servidores e estudantes da universidade e o regime autoritário. “Vários atos que feriram tais direitos foram, nesse período, praticados contra docentes, alunos e funcionários técnico-administrativos da USP, bem como contra outros indivíduos não vinculados formalmente a seus quadros”, diz o texto, que pede ainda que o colegiado tenha representantes de alunos, funcionários e professores.

Os organizadores do movimento querem que o resultado da apuração seja encaminhado aos ministérios públicos federal e estadual, que poderiam optar por dar encaminhamento a denúncias em torno das violações de direitos humanos. Em uma seção dedicada à memória, a página recorda professores e estudantes vitimados pela ditadura, como Ana Rosa Kucinski, docente do Instituto de Química desaparecida desde 1974, e Luiz Eduardo da Rocha Merlino, aluno morto aos 23 anos, em 1971. 

Na página é possível ver os locais nos quais está disponível o abaixo-assinado cobrando a instalação da comissão, ou fazer o download do documento para distribuí-lo.  

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