MST quer prisão de acusados de massacre para comemorar avanço contra impunidade

São Paulo — A prisão dos policiais militares acusados pela morte de 19 sem-terra, no massacre de Eldorado dos Carajás, poderá representar o fim da impunidade que se arrasta há […]

São Paulo — A prisão dos policiais militares acusados pela morte de 19 sem-terra, no massacre de Eldorado dos Carajás, poderá representar o fim da impunidade que se arrasta há 16 anos. A advogada Giane Alvarez, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), diz, porém, que é necessário aguardar o cumprimento do mandado e a efetivação das prisões. “Só assim poderemos dizer que a impunidade teve fim. Só a expedição de um documento não garante nada”, afirmou a advogada.

Na manhã de hoje (7), a Justiça do Pará determinou a prisão de dois policiais militares, do coronel Mário Colares Pantoja e do major José Maria Pereira de Oliveira, acusados de comandar o assassinato de trabalhadores sem-terra em 17 de abril de 1996. A Pantoja, condenado a 258 anos de prisão, e Oliveira, condenado a 158 anos e quatro meses, não cabem mais recursos.

Segundo Giane, a resolução dos problemas relacionados à questão agrária do país não se resume ao problema da impunidade. “O desfecho desse caso tem caráter efetivamente simbólico de mudança do estado de coisas daquela região. A ideia da impunidade pode ter uma mudança de curso. Não resolverá tudo de uma hora para outra, mas já é um bom sinal”, avalia Giane.

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