Polícia admite ‘destempero’ de agressor de rapaz na USP e sargento é afastado

São Paulo – A Polícia Militar paulista anunciou o afastamento temporário do sargento André Luiz Ferreira, responsável pela agressão de um jovem no campus principal da Universidade de São Paulo. […]

São Paulo – A Polícia Militar paulista anunciou o afastamento temporário do sargento André Luiz Ferreira, responsável pela agressão de um jovem no campus principal da Universidade de São Paulo. Em vídeo divulgado nesta segunda-feira (9) na internet, o policial agride um jovem por duvidar que seja aluno da instituição.

Em entrevista coletiva convocada para a tarde desta segunda, Wellington Venezian, comandante da PM na zona oeste da capital paulista, classificou como “destempero emocional” o momento em que o sargento saca a arma do coldre, dá empurrões e ofende o jovem. Ele lembrou ainda que ser ou não estudante não faz qualquer diferença, já que a Cidade Universitária é um espaço público e que pode ser frequentado por quem desejar.

O afastamento vale enquanto durar o tempo da sindicância, que, segundo Venezian, costuma levar em torno de 60 dias, mas neste caso pode ser mais rápida pela existência de um vídeo que comprova o excesso. Neste período, os alunos que assistiram à cena serão ouvidos, e ficará afastado também o soldado Rafael Ribeiro Fazolin, que participou da operação que visava à desocupação do espaço utilizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que o reitor João Grandino Rodas pretende reformar para dar outra destinação.

Sobre o fato de o policial militar ter apontado uma arma em direção ao estudante, o coronel afirmou não ser uma prática da PM em situações como a que ocorreu na USP, nesta manhã.  “É uma atitude que não é o padrão da  Polícia Militar de São Paulo. O que ocorreu foi um desequilíbrio emocional do sargento”, afirma Venezian.

O coronel afirmou que manterá os nove policiais que fazem atualmente a ronda na USP, sendo que os dois afastados serão substituidos por novos PMs.

Questionado por jornalistas se o fato poderia macular a relação da PM com os estudantes da USP, que se opõem à presença policial, o coronel considerou que o caso desta manhã não foi considerado um retrocesso, pois “foram tomadas todas as atitudes necessárias para solucionar o caso”, pontuou.