Lésbicas pedem autonomia, liberdade e políticas de saúde

Mulheres pedem atenção às necessidades e direitos das cidadãs lésbicas, durante ato em São Paulo (Foto: ©Robson Ventura/Folhapress) São Paulo – Pedindo mais liberdade, autonomia e atenção à saúde, mais […]

Mulheres pedem atenção às necessidades e direitos das cidadãs lésbicas, durante ato em São Paulo (Foto: ©Robson Ventura/Folhapress)

São Paulo – Pedindo mais liberdade, autonomia e atenção à saúde, mais de 3 mil pessoas, segundo os cálculos dos organizadores, participaram neste sábado (25) da 9ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo. Seguindo um caminhão de som e o tradicional arco-íris formado por bexigas, os manifestantes partiram da Praça Oswaldo Cruz e seguiram pela Avenida Paulista até o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), região central da capital paulista.

“A caminhada é sobre autonomia, liberdade, e saúde, que são questões em que há uma carência muito grande de tratamento na mídia e nas políticas públicas. Não sabemos, por exemplo, absolutamente nada sobre a prevenção de DST [doenças sexualmente transmissíveis] entre lésbicas”, destaca Verônica Silveira, articuladora da Liga Brasileira de Lésbicas, entidade organizadora do evento.

De acordo com a organização, a realização da caminhada um dia antes da Parada Gay de São Paulo pretende dar maior visibilidade às questões relacionadas às políticas feministas e para as lésbicas, que acabavam ficando com destaque menor na manifestação, mais festiva, do domingo.

“É muita gente, e não existe um espaço da parada específico para as lésbicas. O sábado é um momento de fazer uma jornada lésbica feminista, para falar das lésbicas e das mulheres em geral”, ressalta Verônica.

Ana Carolina Seabra, de 23 anos, veio do Rio de Janeiro participar do ato em São Paulo. Ela conta que está presente desde a quarta edição da caminhada, e que percebe agora uma participação mais efetiva das mulheres. “As mulheres tinham mais vergonha de vir à caminhada. Nas últimas edições já deu para notar que estamos nos mostrando mais, tendo voz ativa dentro dos movimentos gays”.

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