Concurso público no Rio terá cota para negros

Ministra Luiza Bairros informou que próximos concursos públicos no RJ deverão ter vagas reservadas para negros (Foto: Valter Campanato\ Agência Brasil) Rio de Janeiro – Os próximos concursos públicos para […]

Ministra Luiza Bairros informou que próximos concursos públicos no RJ deverão ter vagas reservadas para negros (Foto: Valter Campanato\ Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Os próximos concursos públicos para o estado do Rio de Janeiro deverão contar com reserva de vagas para a população negra, segundo informou, nesta terça-feira (10), a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. A medida deve ser adotada por meio de decreto do governador Sérgio Cabral.

Durante uma visita à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, no centro da capital fluminense, a ministra disse que a decisão foi anunciada na segunda-feira (9) pelo governador, no Palácio Laranjeiras. Na ocasião, eles conversaram sobre a criação de um plano estadual de promoção da igualdade racial.

“Na parte que se refere ao mercado de trabalho, o governador propôs que seja editado um decreto introduzindo, em todos os concursos públicos, a cota para negros”, afirmou Bairros. “O que falta é um estudo para se chegar a um percentual que seja razoável, considerando a presença negra na população do estado”.

O estudo deve ser desenvolvido pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Assistência Social com outros órgãos de governo, como a Procuradoria-Geral do Estado. Se for atender à proporção de negros na população fluminense verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as cotas raciais devem reservar mais da metade das vagas ofertadas em cada concurso.

Os dados do Censo de 2010 mostram que 51,7% da população fluminense são negros, sendo 12,4% pretos e 43,1% pardos. No Brasil, a proporção é 7,6% de pretos e 39,3% de pardos.

Na opinião da ministra Luiza Bairros, as cotas raciais nos concursos darão continuidade à política de ações afirmativas no estado, que começou de forma pioneira em 2003, quando a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) adotou o critério para selecionar vestibulandos.

Fonte: Agência Brasil

 

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