Cassel se diz favorável aos limites da propriedade rural
Brasília – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirmou nesta quarta-feira (15) ser favorável ao limite de propriedades rurais no país. Ele destacou, entretanto, que é preciso considerar as […]
Publicado 15/09/2010 - 14h15
Brasília – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirmou nesta quarta-feira (15) ser favorável ao limite de propriedades rurais no país. Ele destacou, entretanto, que é preciso considerar as diferenças regionais de cada estado e que não é possível estabelecer um tamanho limite de área para todo o Brasil.
“Sou a favor que a gente limite o tamanho da propriedade. Não faz nenhum sentido, do ponto de vista civilizatório, inclusive, que uma pessoa detenha de 50 a 100 mil hectares de terra. Mas esse debate tem que ser feito sem nenhum maniqueísmo, um debate sério, voltado para as diferenças regionais do Brasil”, disse durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.
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Após participar de entrevista a emissoras de rádio Cassel destacou que o interesse dos brasileiros é uma malha fundiária bem utilizada, com terras agricultáveis, produzindo alimentos em quantidade e qualidade suficientes para garantir segurança alimentar e preços baixos.
“Esse é o debate que devemos fazer. Não é o debate exclusivo de limitar ou não limitar o tamanho da propriedade, mas como um país desse tamanho e com tanta terra agricultável pode tirar o melhor disso, produzir mais e garantir preço baixo”, concluiu.
Uma consulta popular sobre o limite de propriedades rurais brasileiras está sendo coordenada pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. O plebiscito tem como objetivo pressionar o Congresso Nacional a incluir um inciso na Constituição que defina em 35 módulos fiscais a área máxima de cada terra.
Áreas com tamanho superior seriam incorporadas automaticamente ao patrimônio público e, posteriormente, destinadas à reforma agrária. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), mais de 50 mil propriedades serão atingidas em todo o país caso a proposta seja aprovada.