OMS começa a distribuir vacinas contra Gripa A nesta semana

Último balanço da OMS indica que o vírus Influenza H1N1 matou pelo menos 11.516 pessoas e atingiu mais de 208 países em todo o mundo (Foto: François Lenoir/Reuters) Brasília – […]

Último balanço da OMS indica que o vírus Influenza H1N1 matou pelo menos 11.516 pessoas e atingiu mais de 208 países em todo o mundo (Foto: François Lenoir/Reuters)

Brasília – A Organização Mundial da Saúde (OMS) começa a distribuir nesta semana vacinas contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. A ajuda é voltada para países que não têm condições de enfrentar a epidemia sozinhos. O Azerbaijão e a Mongólia serão os primeiros a receber os lotes. A vulnerabilidade de cada país e os preparativos para dar prosseguimento à vacinação foram alguns dos critérios adotados para a escolha.

O aparecimento de um novo tipo de vírus da gripe marcou o ano de 2009 como a primeira pandemia do século XXI. O último balanço da OMS indica que o vírus Influenza H1N1 matou pelo menos 11.516 pessoas e atingiu mais de 208 países em todo o mundo.

A doença foi detectada pela primeira vez em abril deste ano no México. Autoridades locais acreditam que o surto tenha começado no povoado de La Gloria, onde vive um menino de 5 anos que teria sido a primeira pessoa a ser infectada. Entretanto, a OMS classifica o local de origem da doença de “desconhecido”.

O Influenza H1N1 é transmitido de pessoa para pessoa facilmente, da mesma forma que a gripe sazonal ou comum. A contaminação ocorre por meio da exposição a secreções de pessoas infectadas (tosse, espirros e superfícies contaminadas). Os sintomas incluem febre alta repentina, tosse, dores de cabeça, de garganta, musculares e nas juntas, secreção nasale, às vezes, vômito e diarreia.

O alerta para uma atenção especial em relação ao Influenza H1N1, de acordo com a OMS, baseia-se no fato de que, por se tratar de um novo vírus, ninguém – além dos que já contraíram a gripe suína – está imune. Há ainda a possibilidade de mutação do vírus para uma forma mais agressiva.

No Brasil, os primeiros casos foram detectados em julho deste ano. Atualmente, dados do Ministério da Saúde indicam que a taxa de infecção é de 14,5 casos para cada 100 mil brasileiros. Até o momento, 27.850 infecções foram confirmadas no país, sendo que 1.632 resultaram em morte (5,8%). Mais da metade das mortes (827) foi registrada na Região Sudeste, seguida pelo Sul do país, com 642.

Em outubro, o governo editou a Medida Provisória nº 469, que liberou crédito suplementar de R$ 2,168 bilhões para o enfrentamento da doença.

A proximidade com o inverno no Hemisfério Norte e o temor de que a doença possa fazer ainda mais vítimas por conta das baixas temperaturas – que contribuem para uma maior sobrevivência do vírus – geraram mobilizações globais para o desenvolvimento e a fabricação de uma vacina.

Os Estados Unidos e diversos países europeus já deram início à imunização. O governo brasileiro comprou no último dia 16 o primeiro lote de vacinas – 40 milhões de doses. A previsão é que os medicamentos cheguem ao país em janeiro de 2010 e a promessa é que sejam disponibilizados antes do próximo inverno no Hemisfério Sul.

Os chamados grupos prioritários – que vão receber gratuitamente a vacina – ainda não foram definidos. A recomendação, de acordo com a OMS, é que profissionais da área de saúde sejam imunizados primeiramente.

Fonte: Agência Brasil

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