Em audiência pública, ministro diz que pânico só prejudica o país

Ministro da Saúde reforçou a necessidade de alunos, professores e funcionários contaminados pela Gripe A permanecerem em casa

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante plenária na Câmara dos Deputados (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr)

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reafirmou nesta terça-feira (11), em audiência pública na Câmara dos Deputados, que o pânico gerado em torno da gripe A (H1N1) prejudica o país e que o ministério segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil já contabiliza 192 mortes em decorrência da gripe e a taxa de mortalidade é de 0,09% (número de mortes por 100 mil habitantes). Segundo Temporão, em julho de 2008 houve 4.500 mortes causadas por complicações da gripe sazonal, e o índice de mortalidade da nova gripe é semelhante.

Temporão disse que o momento tem de ser de total transparência de informação, mas que é preciso tomar cuidado com o medo. Afirmou ainda que o bom senso, a firmeza, a transparência total, muita informação de qualidade e muito trabalho são as diretrizes do Ministério da Saúde.

O ministro defendeu-se das críticas relacionadas à disponibilidade de tratamento no país e garantiu que até o final deste mês o ministério vai receber mais 800 mil kits de tratamento. “É possível atender com folga a demanda.”

Questionado sobre as recomendações para as escolas, reforçou a necessidade de alunos, professores e funcionários gripados permanecerem em casa. Explicou que a situação da gripe está distinta no país, e que por essa razão a decisão de prorrogar as férias ou retomar as aulas foi atribuída aos estados e municípios.

Segundo o ministro, os estoques do remédio contra a gripe A (H1N1) são suficientes para os pacientes que forem diagnosticados. Ele comentou que o Ministério da Saúde tem acompanhado a trajetória do vírus influenza no país desde 2000.

Vacina

A matéria-prima para confecção das vacinas já está no Brasil e sua produção está prevista para outubro. Isaias Raw, presidente da Fundação Butantan e responsável pela produção, disse que o processo é o mesmo que o utilizado para a vacina da gripe comum.

Para Isaias, o Brasil também terá de atender aos países vizinhos, pois não existe outra fábrica de vacinas na América Latina. “Mas não podemos descuidar de nenhuma das gripes, ou teremos aumento da mortalidade com a gripe sazonal, e o problema não será este ano, mas nos próximos”, disse.

Com informações da Agência Câmara e TV Câmara

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