Gripe A: grávidas e cardíacos correm mais risco

Pessoas com pelo menos um fator de risco e com sintomas graves da doença têm três vezes mais risco de morrer

(Foto: Reuters/Sergio Moraes)

Nota do Ministério da Saúde sobre a Gripe A (H1N1), emitida dia 5,  registra cinco novos casos de grávidas vítimas do vírus Influenza A. Em boletim anterior do órgão, eram nove as gestantes que vieram a óbito devido à nova gripe, agora são 14.

O número geral de vítimas passou de 56 para 96 pessoas. 52 delas mulheres.

Em termos gerais, de abril a 1º de agosto, o ministério recebeu 17.277 notificações de pessoas com sintomas de algum tipo de gripe. 2.959 (17,1%) casos foram confirmados como Gripe A e 1.424 (8,2%) como gripe comum.

Das 2.959 pessoas diagnosticadas com o vírus Influenza A, 71,5% (2.115) apresentaram sintomas leves.

Das 96 pessoas que morreram em decorrência da Gripe A: 38 foram em São Paulo, 28 no Rio Grande do Sul, 15 no Paraná, 14 no Rio de Janeiro e uma na Paraíba. Mas, há casos confirmados da nova gripe em todos os estados brasileiros.

Fatores de risco

Gestação, doenças cardíacas e neurológicas são os principais fatores de risco. Pessoas com pelo menos um fator de risco e sintomas graves devido à nova gripe têm 2,63 vezes mais risco de morrer, quando comparadas com o grupo de pessoas, também em estado grave, mas sem fator de risco.

Devido a esse quadro, o Ministério da Saúde recomenda a toda rede de saúde priorizar pessoas em gestação; com idade menor que 2 e maior que 60 anos; pessoas com doenças que debilitam o sistema imunológico (defesas do organismo), como câncer e aids; ou que tomam regularmente medicamentos que debilitam o sistema imunológico e pessoas com doenças crônicas preexistentes, como problemas cardíacos (como arritmias), pulmonares (exemplos: bronquite e asma), renais (pessoas que fazem hemodiálise, por exemplo) e sanguíneos (como anemia e hemofilia); diabetes, hipertensão e obesidade mórbida.

A situação em outros países

Os Estados Unidos registraram 353 mortes e taxa de mortalidade de 0,11. Na Argentina houve 337 mortes que resultaram numa taxa de mortalidade de 0,84. O México registra 146 mortes e 0,13 de taxa de mortalidade.
No Brasil, com 96 mortes registradas, a taxa de mortalidade é de 0,05.

Com informações do Ministério da Saúde

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