Destaques do mês que passou

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Fora do armário

Ganhou o nome de Alexandre Ivo, morto em crime de homofobia no ano passado, no Rio, o projeto de lei que transforma em delito o ato de discriminação a homossexuais. Angélica Ivo, mãe do rapaz assassinado aos 14 anos, considera que a certeza de impunidade vitimou seu filho.  Essa mesma certeza moveu os agressores de pai e filho em S.J. da Boa Vista, no interior de São Paulo. A Justiça negou a prisão dos seis responsáveis. Afinal, foi só um engano. Eles achavam que os dois, por estarem abraçados, eram gays.  Para “colaborar” com a não violência, os vereadores de São Paulo criaram o Dia do Orgulho Hétero.

Racismo na escola

Uma professora chamada em 2009 de “macaca” pela diretora da escola em que leciona ainda convive com tristeza e falta de prazer no trabalho. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo informou que não faz campanhas preventivas contra assédio moral por considerar que se trata de caso isolado.

Foi ele

A família de Luiz Eduardo da Rocha Merlino, jornalista morto pela ditadura, avançou na tentativa de obter o reconhecimento do Estado de que o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra foi o responsável pelo fato. Todas as testemunhas presentes ao Fórum João Mendes, em São Paulo, confirmaram: foi Ustra quem ordenou as torturas que resultaram na morte de Merlino, em 1971.

Revolta em São Paulo

As grandes obras em São Paulo estão empurrando as classes mais baixas para regiões cada vez mais distantes do centro. Disposto a investir em um modelo excludente de revitalização da região central, o prefeito Gilberto Kassab enfrenta ações de moradores e críticas de urbanistas.
http://bit.ly/rba_kassab_ifigenia. Sobrou também para a população de Itaquera, que sofre com a especulação imobiliária criada pela construção do estádio do Corinthians. As ações municipais na zona leste chamaram a atenção também do Ministério Público Estadual: Kassab quer pagar R$ 62 milhões por um terreno que vale R$ 15,4 milhões.

Com açúcar, com afeto

No segundo dia de agosto, o governo lançou o Plano Brasil Maior, de incentivos à indústria, incluindo estímulos fiscais e desoneração da folha de pagamentos de alguns setores. Sentindo-se deixadas de lado, as centrais boicotaram o lançamento do pacotão. “As nossas propostas têm de ser levadas em consideração”, protestou o presidente da CUT, Artur Henrique. Dois dias depois, a presidenta Dilma Rousseff pediu desculpas e garantiu que os sindicalistas serão ouvidos.

Retrocesso

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, não vive seus melhores dias. A troca de oito ministros após a queda de popularidade e o anúncio de medidas para o setor educacional não foram suficientes para acabar com os protestos de estudantes e professores, os maiores desde a redemocratização do país. Os manifestantes põem­ em xeque a visão de um Chile maravilhoso e avisam: é preciso refundar o sistema político do país. Pouco afeito a mudanças, Piñera lançou mão de um decreto do ditador Augusto Pinochet para reprimir os atos. 

TVT

Um ano, já?
Em 23 de agosto de 2010 entrou no ar o primeira emissora concedida a um movimento social

Projeto ousado de comunicação, a TVT – Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho –, mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, chega a mais de 300 cidades brasileiras e mostra a informação como ferramenta de tecnologia social, capaz de criar transformação e inclusão. Com produção colaborativa de conteúdo, a emissora prova que é possível dar voz aos atores sociais, à comunidade que produz cultura, trabalho, debate, luta e expressa a diversidade brasileira.
A iniciativa estrutura-se na ideia de movimento, de inovação e realização de tecnologias sociais que estabeleçam novas formas de relação por meio da televisão, da internet e das tecnologias móveis. É, portanto, algo em construção e que se pretende revolução pela capacidade de se transformar no processo, de se adaptar de acordo com os pares e com as possibilidades que a vida permitir.
Mas é também originada a partir de princípios claros, que ajudam a construir o caminho e a escolher com quem percorrê-lo. O objetivo é conectar pessoas, possibilitar a expressão livre, a produção compartilhada de conteúdo e acesso a informação, cultura e lazer, no compromisso com o interesse público, com a democracia e com o trabalhador brasileiro.
No ar de segunda a sexta, das 19h às 19h30, o Seu Jornal exibiu neste primeiro ano mais de 300 vídeos de comunicação colaborativa. São vários espaços de participação todos os dias. Geralmente, a imprensa fala sobre as coisas e as pessoas. A TVT é diferente, produz notícia a partir da sociedade, participa como veículo das relações entre indivíduos e coletivos, cobrindo as ações transformadoras, investindo em conteúdos críticos no mundo da democracia participativa.
Além do Seu Jornal, são cinco programas: segunda-feira, ABCD em Revista; terça, Memória e Contexto; quarta, Clique e Ligue; quinta, Bom para Todos; e sexta-feira, Melhor e Mais Justo.

Como sintonizar
Canal 48 UHF
ABC e Grande São Paulo (NGT)

Canal 46
Mogi das Cruzes (UHF)

Na internet
www.tvt.org.br

Programas de participação, contextualização de fatos históricos, inclusão digital, prestação de serviços, opinião e reflexão sobre um Brasil que consegue se enxergar na tela da TV.
A TVT experimenta a comunicação do futuro, em conjunto com a sociedade organizada e com os atores anônimos das redes sociais e das novas mídias.
Os conteúdos desmistificam a tecnologia. A simplicidade na produção define a criação de uma nova metodologia: tecnologia social, conhecimento compartilhado com a sociedade.
É, lá se vão 365 dias… Conquistas, dúvidas, direitos, debate, música, arte, memória, história, feitos no dia a dia com todos e para todos. Assim é a TVT.