Cartas da edição 62

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Maldita fumaça

Essa matéria está excelente (“O passivo do fumante”, edição 61). Cumpriu seu papel com uma abordagem muito completa. Conheci gente que ficou doente por ter trabalhado com fumo, os agricultores ficam sujeitos à vontade das empresas, sem contar o problema dos agrotóxicos, que, é claro, não estão apenas nesse tipo de cultura. Muito informativa. E não precisa acabar com as lavouras de fumo, para não frustrar os fumantes. A questão é como essa cadeia opera.
Natália Pianegonda, Porto Alegre (RS)

Essa reportagem vale ouro. Achei importantíssima, pois mostra todas as dificuldades dos cultivadores e plantadores do fumo, suas doenças adquiridas e como são explorados por atravessadores. E ainda não existe nenhum meio de o nosso ministro da Agricultura pôr em prática um plano de ajuda a essas pessoas.
José Aguiar, São Paulo (SP)

E as outras lavouras? O “agrobusiness”? Ah, já sei, não têm esses problemas, simplesmente porque não têm trabalhadores. A máquina substituiu todos. Será que as lavouras de fumo são as que estão na pior situação entre todas? Já perguntaram para os lavradores se eles gostariam de trocar de ramo? Sou fumante e não quero que o cigarro acabe. Com essas atuais paranoias antifumo, percebi que qualquer coisa vira pretexto para ONGs antitabagistas falarem mal. 
Claudio D’Amato

Que bobagem… Inventam de tudo do cigarro­, só porque não gostam de fumaça. Me criei em lavouras de fumo, carreguei, brincávamos em cima dos fardos já prontos para exportação. Adoro até hoje aqueles tempos, aquele cheiro de tabaco cru. Nunca, jamais eu vi algum familiar ou vizinho ficar doente. Triste, muito triste isso. 
Luiz Carlos Pauli, Porto Alegre (RS)

Mortes na floresta

“Medo até de chorar.” Deveria ter sido essa a frase da capa da Revista do Brasil (“Medo na floresta”, edição 61). Para chamar mais a atenção das autoridades sobre a impunidade dos responsáveis pela morte dos trabalhadores rurais do norte e nordeste do Brasil. Parabéns pela reportagem. 
Deusdedite A. de Matos, Santo André (SP)

O problema dos crimes agrários se arrasta há décadas e as autoridades fazem vista grossa. Em tempos de governos Lula e Dilma, não era para conter a impunidade­ dos mandantes e assassinos? O Brasil mudou em alguns pontos, mas parece que nada muda com relação às questões agrárias.
Absalão Bandeira de Castro, Pentecoste (CE)

Boraceia

A reportagem está muito interessante (“No colo da Serra”, edição 61). Fico feliz que ainda existam respeito e preocupação com o povo indígena, que eles tenham espaço e força para manter vivas sua tradição e cultura em meio a tanta transformação no mundo.
Gisely

Arbitrariedade

Ao ler a reportagem da edição 61 “Caminho para o entendimento” (sobre a representação de trabalhadores em seu local de trabalho), lembro que no mês passado fui demitido porque apresentei dez propostas que iriam melhorar as condições dos trabalhadores. Segundo me informaram, isso não é papel de “chefe”.
Robinson Zamora, São Paulo (SP)