O brasileiro José Alencar

(Foto: Ricardo Stucker) Foram tantas as batalhas que todos acreditavam que José Alencar venceria mais uma, e continuaria driblando os obstáculos e reafirmando seu amor pela vida. A luta acabou […]

(Foto: Ricardo Stucker)

Foram tantas as batalhas que todos acreditavam que José Alencar venceria mais uma, e continuaria driblando os obstáculos e reafirmando seu amor pela vida. A luta acabou às 14h41 de 29 de março, quando foi confirmada a notícia da morte do ex-vice-presidente da República, aos 79 anos (completaria 80 em outubro). Nos últimos 14 ele superou, com notável obstinação, cada um dos problemas de saúde que passaram a acompanhá-lo, sem trégua. Foram 17 cirurgias. “Não temo a morte, mas a desonra”, chegou a dizer.

O empresário mineiro ganhou destaque na política ao formar, como candidato a vice-presidente, a chapa liderada por Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2002 e reeleito em 2006. Contestada por alguns, a composição foi defendida por Lula, que mais de uma vez chamou Alencar de “companheiro e irmão”. A lealdade ao presidente não o impedia de criticar a política econômica quando achasse necessário – ficaram famosas, por exemplo, as queixas em relação às taxas de juros. O seu pensamento nacionalista também por vezes se chocava com os rumos do governo.

A última aparição pública de José Alencar Gomes da Silva ocorreu em 25 de janeiro, quando foi homenageado em São Paulo. Na rotina das internações dos últimos meses, ele lamentou não ter ido à posse de Dilma Rousseff – na ocasião, já admitia estar “exaurido”. “Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida”, disse Lula, chorando, pouco depois de receber a notícia.

Leia também

Últimas notícias