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Vila musical ou bucólica

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Paranapiacaba, a cerca de uma hora de São Paulo, é uma vila charmosa e cheia de história, no limite entre o planalto paulista e a Serra do Mar. Foi criada em 1867 para ser centro de controle operacional e residência dos funcionários da companhia inglesa São Paulo Railway, a estrada de ferro que levava cargas e passageiros da capital para Santos. Depois de sofrer um processo de decadência e abandono no final da década passada, hoje a vila – distrito de Santo André – promove o turismo sustentável e um já famoso Festival de Inverno (FIP). A primeira edição, em 2001, recebeu 12 mil visitantes; na de 2007, foram cerca de 100 mil. Neste mês de julho, o FIP coincide com o lançamento da candidatura da vila – já considerada nacionalmente Patrimônio Histórico, Cultural e Tecnológico – ao título de Patrimônio da Humanidade, pela Unesco.

Entre a abertura (Seu Jorge, dia 12), e o encerramento (com os norte-americanos do Scott Henderson Trio, dia 27), a programação segue seu cardápio eclético, com Clube do Balanço (dia 12), Wagner Tiso, Victor Biglione (13), Lenine, Marina de la Riva (19), Mawaca, Duofel e Zeca Baleiro (20), Fabiana Cozza (26) e Badi Assad (27). Dança, cinema, intervenções poéticas, teatro e circo de rua também compõem o festival. As atrações são gratuitas e os ingressos, limitados, começam a ser distribuídos duas horas antes de cada show. A organização do evento sugere a doação de um quilo de alimento não-perecível. Programação detalhada: www.guiaparanapiacaba.com.br. Para quem quer sossego, os finais de semana fora da temporada do FIP são mais apropriados para curtir a cidade em seu clima bucólico, num passeio gastronômico, histórico, cultural e ecológico.

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Maria-fumaça, herança inglesa de Paranapiacaba

Aos 30

Crise dos 30, carreira profissional, filhos, homens e – por que não? – futilidades tomam o palco do Teatro Folha com a peça Confissões de Mulheres de Trinta, escrita na década de 1990 pelo verborrágico cineasta Domingos de Oliveira. Ele dirigiu por anos o roteiro de sua filha Maria Mariana em Confissões de Adolescentes, na TV, e resolveu, ainda naquela época, fazer a versão adulta da série. A peça tem Juliana Araripe, Camila Raffanti e Melissa Vetore, e direção de Fernanda D’Umbra, da série Mothern, da GNT. Para Domingos, a primeira frase dita no palco, “Ter 30 anos é viver o agora ou nunca”, resume um perfil que reflete a ansiedade das mulheres que “perderam a inocência e ainda não atingiram a sabedoria”. Leve, cômica e com um bom ritmo, a peça fica em cartaz até 14 de agosto, às quartas e quintas-feiras, 21h, no Teatro Folha, (11) 3823-2323. R$ 20.

Novos tropicalistas

O quinteto Cérebro Eletrônico tem nome de música de Gil e influência tropicalista. E acaba de lançar o segundo disco, Pareço Moderno (R$ 15 em média) – que mistura rock, pop e bossa com doses de sarcasmo. Na faixa-título, Tatá Aeroplano, líder da banda Jumbo Elektro, provoca: “Sérgio Sampaio vai chegar pra lhe dizer que eu pareço moderno”. E não é que parece?

E quem é Sérgio Sampaio?

No final da década de 1960, ele deixou Cachoeiro de Itapemirim (ES) para ser músico no Rio. Em 1972, gravou Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua, faixa-título de seu primeiro disco solo. Depois vieram Tem Que Acontecer (1976), Sinceramente (de 1982, relançado agora) e iniciou Cruel pouco antes de morrer, em 1994 (Zeca Baleiro recuperou a produção em 2006). No CD tributo Balaio do Sampaio (1998) sua obra é lembrada por outros “malditos”, como Luiz Melodia, Renato Piau e Jards Macalé, além de João Nogueira, Erasmo, Eduardo Dusek, Zizi Possi, Elba Ramalho, Zeca Baleiro e Lenine.

Mar à vista

Durante oito anos, o geólogo e fotógrafo Roberto Linsker percorreu todo o litoral brasileiro para registrar a vida e a realidade de pescadores e comunidades litorâneas. Assim nasceu a exposição Mar de Homens, em cartaz na Caixa Cultural do Rio de Janeiro até 27 de julho, e os livros Mar de Homens e O Mar É Uma Outra Terra (Ed. Terra Virgem). A exposição conta com 33 imagens que têm o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a importância da preservação do conhecimento marítimo do país. Galeria 1 (Av. Almirante Barroso, 25), de terça a domingo, das 10h às 22h. Informações: (21) 2544-4080. Grátis.