Nesta segunda-feira

São Paulo terá ato em frente à Petrobras, na Paulista, contra alta nos combustíveis

Preço da gasolina e do gás de cozinha estão fora das negociações com o movimento de caminhoneiros. Além disso, o governo Temer já anunciou que vai ressarcir a Petrobras pelo desconto dado no diesel

Reprodução/SindPetro

Direção da Petrobras reduz produção nas refinarias e aumenta importação de combustíveis

São Paulo – A Frente Brasil Popular (FBP), que reúne centrais sindicais e movimentos sociais, convoca manifestação contra a atual política de preço da Petrobras, a alta nos combustíveis e no gás de cozinha. O protesto, chamado Abaixo o Aumento e a repressão, a Petrobras é do Povão, está marcado para esta segunda-feira (28) a partir das 18h, em frente ao prédio da estatal em São Paulo, que fica na Avenida Paulista, 901.

As negociações do governo Temer para tentar pôr fim à greve dos caminhoneiros, que chega ao oitavo dia nesta segunda, incluem apenas ações que vão impactar na redução do preço do diesel, deixando de fora a gasolina e o gás de cozinha. 

Além disso, o governo promete ressarcir a Petrobras pelo desconto de 10% concedido no preço do diesel por até 60 dias. Com custos estimados em até 10 bilhões até o final de 2018, a equipe econômica ainda não detalhou de onde pretende tirar recursos para proteger os interesses dos investidores.

Em nota divulgada na sexta-feira (25), em conjunto com a Frente Povo Sem Medo, a FBP lembra que Temer e Pedro Parente, atual presidente da Petrobras, são os responsáveis pela crise, ao atrelarem os preços praticados pela estatal às flutuações ao preço do petróleo no mercado internacional, com correções quase diárias nos valores do diesel, da gasolina e do gás de cozinha. 

As frentes também destacam a diminuição da produção nas refinarias e a abertura do mercado nacional para a importação de combustíveis, que têm como objetivo o “desmonte e privatização da Petrobras”, e lembram que a atual direção da estatal inclusive já anunciou plano de venda de quatro refinarias e 12 terminais da Transpetro.

“Não podemos aceitar que o lucro dos acionistas internacionais esteja acima dos interesses do povo brasileiro. Não podemos aceitar que essa política de preços que penaliza a população mais pobre seja mantida. Não podemos aceitar que Pedro Parente continue à frente da Petrobras”, diz o documento. 

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