Representa

‘Nossa voz mais alta está presa em Curitiba’, diz Manuela

Segundo deputada e pré-candidata pelo PCdoB, há 'pouquíssimas razões' para comemorar o Dia do Trabalhador, com desemprego elevado e famílias voltando a usar lenha por falta de capacidade de pagar pelo gás

Roberto Parizotti/CUT

Público chega para o ato pelo Dia do Trabalhador na Praça da República, em São Paulo

São Paulo – No início do ato de 1º de Maio na Praça da República, região central de São Paulo, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila, disse que iria levar o abraço de cada trabalhador ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nossa voz mais alta está presa hoje em Curitiba”, afirmou ao público que continua chegando à praça.

Ao afirmar que” os brasileiros e brasileiras seguem lutando pela liberdade dele”, a deputada estadual disse continuar confiante em relação à presença de Lula na eleição. “Eu torço por isso, luto por isso.”

Segundo Manuela, há “pouquíssimas razões” para comemorar a data, com desemprego elevado e famílias voltando a usar lenha por falta de capacidade de pagar pelo gás. “Há uma piora estrutural, um esforço de destruição do Estado”, afirmou, chamando a prisão de Lula de ” episódio central do golpe “.

As medidas a serem tomadas pelo próximo governo, disse a pré-candidata, passam pela revogação da ” reforma” trabalhista, a luta contra a “reforma” da Previdência e a manutenção da política de valorização do salário minimo.

Ela também fez referência ao acidente ocorrido no Largo do Paissandu, a 800 metros da praça. “Eu ouvi e li que a culpa era deles (moradores). A culpa que existe quando alguém ocupa um ambiente completamente desfavorável é do Estado, é daqueles que aprovaram a Emenda Constitucional 95 (de congelamento de gastos públicos).”

O ato começou por volta de 14h15, com a fala de Manuela, que em seguida viajou para a capital parananse. Às 14h35, começou a apresentação do grupo Mistura Popular, no primeiro dos vários shows previstos.