Em dia de aniversário, vítima de atentado a acampamento deixa UTI, em Curitiba

“Jefferson salvou muitas vidas naquele acampamento”, afirma diretor da federação dos trabalhadores de transporte de São Paulo, Felix de Barros. Sindicalista do ABC deve ter alta neste 1º de Maio

Joka Martins/Agência PT

Acampamento em apoio a Lula em Curitiba é pacífico e não pode admitir gestos de violência

São Paulo – O presidente do Sindicato dos Motoboys de Santo André, Jefferson Lima de Menezes, vítima de um tiro no pescoço, na madrugada de sábado (28), no acampamento de Curitiba, saiu da UTI do Hospital do Trabalhador nesta segunda-feira (30). Jefferson está em um quarto do hospital e deve receber alta médica neste 1º de Maio. Os participantes da vigília Lula Livre cantaram Parabéns a você para o sindicalista, que completa hoje 39 anos. A informação é de Marize Muniz, do portal da CUT.

Jefferson está com a família e recebeu a visita da senadora Gleisi Hoffman (PR), presidenta do PT, e do senador Lindberg Farias (PT-RJ), na tarde desta segunda (30). No momento do ataque a tiro ao Acampamento Marisa Letícia, nas proximidades do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Jefferson fazia a segurança voluntária do acampamento. 

Quando foi socorrido, foi entubado e colocado em coma induzido porque o projétil disparado por um atirador que gritava “Bolsonaro, presidente” entrou um pouco abaixo da orelha e saiu embaixo do queixo. O paciente já está respirando sem dificuldades e a ventilação mecânica não é mais necessária.

“Jefferson salvou muitas vidas naquele acampamento”, afirmou o diretor da Federação dos Trabalhadores de Transporte do Estado de São Paulo, Felix de Barros, presente à vigília na manhã de hoje. “Jefferson compreende a luta e o avanço de classes nos governos Lula, por isso está aqui. Ele veio para cá para se dar ao povo, deixando a família em São Paulo. É triste que uma pessoa que veio se doar para o povo quase tenha perdido a vida”, afirmou Félix. “Atiraram em um sindicalista que representa mais de 20 mil pessoas no ABC. Quem quer calar a voz do trabalhador e a nossa democracia?”

 

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