Reforma trabalhista

Sessão no Senado continua suspensa. Oposição tenta acordo

Se houver entendimento, galerias serão abertas e haverá votação de pelo menos um destaque. Sessão está suspensa desde o meio-dia

Senadoras seguem na mesa diretora do plenário, onde almoçaram

São Paulo – Com a sessão interrompida há mais de três horas, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o senador Paulo Paim (PT-RS) tentam um acordo para retomar o debate sobre o projeto de “reforma” trabalhista (PLC 38). Esse acordo incluiria votação de pelo menos um destaque. O governo quer aprovar o texto sem alterações, para evitar retorno do projeto à Câmara. Algumas senadoras seguem na mesa diretora do plenário, onde almoçaram, inclusive. 

Se houver entendimento, as galerias seriam liberadas para que os representantes das centrais sindicais possam assistir ao debate. Desde cedo, as galerias permaneceram fechadas, o que provocou protestos dos dirigentes. A oposição usou a estratégia da “ocupação”, com senadoras na mesa diretora desde a abertura da sessão, às 11h. 

Todos os senadores teriam direito à palavra – só os de oposição, porque os governistas não se manifestam, observou Paim. Também não seria usado o Auditório Petrônio Portela, como se cogitou, mas o plenário principal. “Não fica bem para a democracia, para a Casa. Ele (Eunício) concordou plenamente nesse sentido”, disse o senador petista.

Em conversa com a bancada de oposição, saiu uma possibilidade de acordo, desde que possa haver votação em torno de um ou dois destaques. Particularmente, ao item que proíbe a presença de gestantes e lactantes em locais de trabalho insalubres.

“O senador Jáder (Barbalho, do PMDB-PA) disse que iria conversar com os partidos da base (governista), para ver se é possível construir um acordo”, relatou Paim em conversa com jornalistas.