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CPI da merenda escolar pedirá acesso a depoimentos dos delatores

Por envolver o deputado tucano Fernando Capez, depoimento dos envolvidos no escândalo está sob segredo de Justiça. Para a bancada do PT, decisão é questionável

Alesp

O depoimento de Cássio Chebabi era um dos mais aguardados na CPI, mas acabou não acontecendo

São Paulo – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da merenda de São Paulo pedirá formalmente acesso aos depoimentos dos delatores que depuseram até agora na Procuradoria-Geral de Justiça. A reunião será quinta-feira (3), solicitada pelo deputado estadual Alencar Santana Braga (PT), único integrante da oposição na CPI.

Por envolver o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), que tem foro privilegiado, toda a investigação da Operação Alba Branca, conduzida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil, foi encaminhada para a Procuradoria-Geral do Estado. Para a bancada do PT na Assembleia, tal procedimento é questionável, pois o foro privilegiado se refere à figura do deputado Capez, e não à investigação em si.

Sob o argumento de terem feito delação premiada, integrantes do esquema que fraudava as licitações da merenda escolar, promovida pela Secretaria Estadual da Educação na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), se negaram a depor na CPI da Máfia da Merenda.

Entre eles, está o ex-presidente da Cooperativa Agrícola Familiar (Coaf) Cássio Chebabi, personagem central do escândalo, o lobista Marcel Ferreira Julio e o ex-funcionário da cooperativa Adriano Miller Aparecido Gibertoni Mauro.