sessão extraordinária

TCU rejeita afastamento de Nardes da relatoria de contas do governo

Corregedor do TCU, ministro Raimundo Carreiro, que relatou o pedido de afastamento de Nardes, afastou possibilidade de o relator ter agido de forma parcial

Lula Marques/Fotos Públicas

Ministro Raimundo Carreiro (esq) afastou a possibilidade de Nardes (dir) ter agido de forma parcial

Brasília – O Tribunal de Contas da União (TCU) negou hoje (7), por unanimidade, o pedido feito pelo governo para afastar o ministro Augusto Nardes da relatoria do processo de análise das contas de 2014. Na última segunda-feira (5), o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entregou o pedido ao tribunal, alegando que o ministro-relator antecipou seu voto à imprensa indicando a rejeição das contas de 2014 do governo federal.

O corregedor do TCU, ministro Raimundo Carreiro, que relatou o pedido de afastamento de Nardes, afastou a possibilidade de o relator ter agido de forma parcial, como sustentou Adams. Carreiro destacou que a análise das contas “foi resultado de um trabalho técnico imparcial e competente” do corpo técnico do TCU, bem como dos ministros.

Sobre a veiculação de matéria jornalística que, supostamente, comprovaria a posição prévia de Nardes no processo, Carreiro entendeu que não há motivos para contestar o comportamento do relator. “A presente representação é improcedente, tendo em vista que a referida matéria traduz meras ilações do jornalista. Nada, absolutamente nada, nas declarações do minsitro Nardes configura juízo de valor sobre a manifestação apresentada pela presidência da República.”

O pedido do governo foi apreciado como questão preliminar em sessão extraordinária que começou por volta das 17h de hoje (7). Com isso, a sessão segue para a apreciação das contas de 2014 do governo.

O ministro-substituto André Luis de Carvalho pediu a palavra e manifestou “indignação” por Adams, e os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Planejamento, Nelson Barbosa, terem convocado uma entrevista coletiva no último domingo (4) para questionar a conduta de Nardes na relatoria, alegando que o ministro do TCU tinha antecipado seu voto.

“Devo expressar minha indignação sobre como isso foi feito. nunca vi três ministros de Estado comparecendo num domingo a uma coletiva para atacar um ministro do TCU”, afirmou Carvalho.

Agora os ministros do TCU iniciaram o julgamento das contas do governo de 2014.

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