‘Somos reféns do ódio’, afirma José Genoino sobre julgamento no STF

Ex-presidente do PT recebe solidariedade de metalúrgicos e compara pressão da grande imprensa à tortura

José Genoino, de cachecol ao fundo, com diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (Foto: Paulo de Souza)

São Paulo – O ex-presidente do PT José Genoino, que começa a ser julgado nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou a diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que o “ódio” move a cruzada da grande imprensa contra os réus da ação penal 470, chamada de processo do “mensalão”. “É uma tortura de outro tipo. Somos reféns do ódio”, disse Genoino. Ele ressaltou que está enfrentando o momento com “firmeza e serenidade” e que continuará lutando por seus ideais independentemente do resultado do julgamento. “A única coisa que eu tenho na vida é lutar”.

Os metalúrgicos estiveram na casa de Genoino na quinta-feira passada (27). O relato da visita foi publicado hoje (1º) no site do sindicato. Emocionado, o agora assessor especial do Ministério da Defesa lembrou de sua experiência no curso de formação do Sindicato, destacando a solidariedade da categoria.

“Quando vocês disseram ‘mexeu com o Lula, mexeu comigo’, vocês mudaram o curso da história do Brasil”, disse, referindo-se à crise de 2005. Segundo Genoino, a união dos trabalhadores, naquele momento, foi determinante na defesa do governo Lula.

“Viemos aqui para prestar a nossa solidariedade ao companheiro Genoino, que sempre esteve ao lado dos metalúrgicos, em todas as greves, na Scania, na Volks, na Ford, na Mercedes. Ele sempre esteve ao lado dos trabalhadores”, disse o vice-presidente da entidade, Rafael Marques.

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