São Paulo – Três dias após a cassação de Dr. Hélio (PDT) do cargo de prefeito de Campinas (SP), cidade a 93 quilômetros de da capital, o vice, Demétrio Villagra (PT), assumiu o comando do Palácio dos Jequitibás nesta terça-feira (23). Villagra, que chegou a ser preso durante as investigações de corrupção na administração municipal, declarou-se inocente das acusações. Ele comprometeu-se com a retomada do crescimento da cidade. As informações são da RAC (Rede Anhanguera de Comunicações)

Com a troca, o PT volta a governar a cidade após sete anos. O contexto atual, porém, é bem diferente, recheado de acusações e de instabilidade política no Executivo. Despachando da prefeitura desde segunda-feira (22), o novo prefeito, em reunião com vereadores e secretários, mostrou-se interessado em tomar conhecimento das contas municipais.

Informações da administração dão conta de que as finanças públicas de Campinas estavam fragilizadas, com dificuldades de levantar fundos até para o pagamento dos funcionários.

Durante o discurso de posse, Villagra lembrou de sua origem humilde no campo, em Mato Grosso, falou das boas realizações do governo do qual era vice-prefeito, e prometeu tirar Campinas da estagnação. Para isso, pediu o apoio de todos.

Mudança de alvo

Enquanto o novo prefeito tomava posse, a oposição na Câmara se movimentava para derrubá-lo. Os vereadores Valdir Terrazan (PSDB) e Antonio Francisco, o Politizador (PMN), protocolavam pedido de abertura de uma Comissão Processante contra o petista. O organismo teria a função de investigar o prefeito em exercício pelas acusações de participação nos esquemas de corrupção na Sanasa, empresa mista de saneamento do município. Há cerca de três meses, Villagra chegou a ser preso preventivamente durante o inquérito policial.

No ensejo do evento político, autoridades e convidados aproveitaram para circular pela Câmara Municipal durante a solenidade. Entre eles os prefeitos de Sumaré e Várzea Paulista – cidades vizinhas a Campinas -, Antonio Bacchim e Eduardo Tadeu, respectivamente, e o presidente da Sanasa, Lauro Péricles Gonçalves.