Deputado gaúcho Mendes Ribeiro será o novo ministro da Agricultura

Vaga na Câmara será ocupada por Eliseu Padilha, ex-ministro de FHC e amigo de Michel Temer

Indicado pelo PMDB e com o aval de Michel Temer, Dilma aceita Mendes Ribeiro como substituto de Wagner Rossi (Foto: Brizza Cavalcante / Ag. Câmara)

São Paulo – Algumas horas após Wagner Rossi pedir demissão do Ministério da Agricultura, atendendo a um pedido familiar, o PMDB já indicou o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) para assumir a pasta. Segundo informou o líder peemedebista, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), por meio de seu perfil no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff aceitou a indicação do parlamentar de 56 anos que ocupa seu quinto mandato na Câmara Federal.

Em nota da Casa Civil, o governo confirmou que o convite oficial foi feito pela presidenta na manhã desta quinta-feira (18). A primeira reunião com Dilma deve ocorrer na tarde desta sexta-feira (19), quando ela retornar da viagem que faz a São Paulo. Não é informada a data da solenidade de posse.

Desde julho, Mendes Ribeiro Filho ocupava a liderança do governo no Congresso. Ele é amigo pessoal da presidenta desde a década de 1980. Segundo Alves, a escolha foi um consenso da bancada, posteriormente aprovada por Michel Temer, vice-presidente. “A indicação foi levada agora há pouco ao vice-presidente Temer, no Palácio do Jaburu”, afirmou Alves em seu Twitter.

A vaga aberta por Ribeiro na Câmara será ocupada por Eliseu Padilha (PMDB-RS), ex-ministro dos Transportes do governo Fernando Henrique Cardoso e politicamente ligado a Temer. O vice-presidente mantém, assim, ainda certa ascendência no Ministério da Agricultura e, ao mesmo tempo, mantém um aliado no Congresso.

O novo ministro é filho do também político Jorge Alberto Mendes Ribeiro e iniciou sua vida pública aos 28 anos, se elegendo vereador de Porto Alegre. Após dois mandatos como deputado estadual, Mendes Ribeiro chegou à Câmara Federal em 1995, onde se mantém até hoje. Entre seus principais focos de trabalho no Legislativo estão as questões previdenciárias, saúde, esporte e educação, segundo o site de seu mandato. A agricultura não consta entre os temas listados em sua página.

Ele foi o relator do texto aprovado pela Câmara da Lei de Direito de Acesso a Informações Públicas no Brasil (o projeto de lei da câmara 41/2011). O tema foi motivo de polêmica especialmente ao desembarcar no Senado, por causa de resistências ao fim do “sigilo eterno” de documentos ultrassecretos. A redação votada pelos deputados prevê prazo máximo de 50 anos – 25 anos renováveis por igual período.

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