Dutra quer consenso entre petistas na eleição de Câmara e Senado

Dutra reuniu-se com líderes dos diferentes partidos da base aliada (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil) São Paulo – O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse nesta quarta-feira (10) que os […]

Dutra reuniu-se com líderes dos diferentes partidos da base aliada (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

São Paulo – O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse nesta quarta-feira (10) que os partidos da base aliada deverão entrar em consenso sobre a composição das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado. Pelo menos três petistas e um peemedebista querem presidir a Câmara.

“Não haverá disputa entre os partidos da base aliada para a composição da mesa diretora da Câmara e também do Senado”, disse Dutra a jornalistas. O petista, que terá na tarde desta quarta-feira (10) uma reunião com a bancada do partido na Câmara, disse ainda que o PT deverá apresentar um único nome para disputar a presidência da Câmara.

Circula nos bastidores que diversos petistas pleiteiam a indicação, como os ex-presidentes da Casa João Paulo Cunha (SP) e Arlindo Chinaglia (SP), além do atual líder do governo Cândido Vaccarezza (SP). No PMDB, Henrique Alves (RN), líder do partido na Casa, também quer o cargo.

Historicamente, o partido que detém a maior bancada indica o presidente. Porém, o PMDB chegou a ceder sua vaga em 2002. Em conversa logo depois do segundo turno entre Dutra e Michel Temer (PMDB), vice-presidente eleito e presidente da Câmara, foi acertado que cada um dos dois principais partidos da base aliada deteria uma das casas legislativas, revesando-se.

O cenário com mais de um postulante traz o temor de que se repita o episódio em que os petistas Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgilio Guimarães disputaram a eleição, abrindo caminho para a vitória de Severino Cavalcanti (PP) em 2005. “O PT vai afunilar em um nome para apresentar aos outros partidos”, disse.

PTB

Dutra disse ainda que pretende conversar com lideranças do PTB, partido que formalmente participou da aliança em torno da candidatura do tucano José Serra, para saber das intenções da legenda de participar do governo Dilma Rousseff. O diálogo se dará com líderes do partido na Câmara dos Deputados e no Senado.

A opção do petista é excluir o presidente nacional do partido, o deputado cassado Roberto Jefferson, delator do esquema que ficou conhecido como “mensalão”. “O PTB faz parte da base de apoio do governo Lula e, pelas informações que tenho, pretende adotar o mesmo comportamento em relação ao governo Dilma”, disse o presidente do PT.

Desde o início da semana, Dutra conversou com a direção do PMDB, PSB, PCdoB, PP, PDT, PR, PPC, PRB, PSC e PTN. O PP, que não participou da coligação, declarou apoio informal à candidatura petista na esfera nacional. Por isso, deve ser procurado.

Líderes do PTB na Câmara têm dito que o partido quer um ministério de Dilma, especificamente a pasta do Turismo, que deverá ter sua importância ampliada com a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil.

O senador Gim Argello (PTB-DF), um dos principais interlocutores do partido com o governo de transição, confirmou que a legenda quer a participação no governo Dilma. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mineiro Walfrido Mares Guia e, depois, José Múcio Monteiro Filho ocuparam a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Com informações da agência Reuters

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