Aécio critica demora na escolha de candidato do PSDB

O senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, que exigiu posição do partido (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil) São Paulo – O senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) criticou […]

O senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, que exigiu posição do partido (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

São Paulo – O senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) criticou nesta quinta-feira (4) a demora na escolha do candidato tucano à Presidência da República e afirmou que a sigla não pode repetir a dose na eleição de 2014.

“É preciso que tenhamos um projeto. Não podemos deixar novamente para o início do processo eleitoral a definição das nossas ideias e da das nossas propostas”, disse o ex-governador a jornalistas em Caeté, região metropolitana de Belo Horizonte, onde visitou o Santuário de Nossa Senhora da Piedade.

Aécio, apontado como principal líder da oposição após a derrota de José Serra para a presidente eleita Dilma Rousseff no pleito do último domingo, defendeu também a necessidade de nacionalizar o partido.

Na avaliação do senador eleito, que também é visto como grande responsável pela reeleição de seu ex-vice-governador Antonio Anastasia ao governo mineiro, o PSDB precisa se fortalecer em ao menos 10 Estados, nos quais ele considerou a sigla “do ponto de vista regional, frágil”.

“Nós temos um período para buscar atrair, em torno de propostas, em torno de projetos, de uma visão nova de Brasil, forças políticas em alguns Estados onde nós disputamos fragilmente essas eleições”, afirmou.

A vitória eleitoral de Dilma sobre Serra se deu, principalmente, na Região Nordeste, onde a petista obteve grande margem de vantagem sobre o tucano, num cenário parecido com o dos triunfos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Serra em 2002 e sobre Geraldo Alckmin em 2006.

Em entrevista à Reuters dias antes da eleição, e falando na hipótese de uma derrota de Serra que acabou se confirmando, Aécio disse que, como senador, pressionará pela realização de reformas nas áreas fiscal, tributária e trabalhista.