Por falta de declaração, Erenice Guerra recebe censura ética

Comissão de Ética da Presidência analisou a conduta da ex-ministra a partir de seu próprio pedido

Brasília – A Comissão de Ética da Presidência da República aplicou nesta sexta-feira (17) “censura ética” à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, por não ter apresentado ao órgão, logo após a sua posse, declaração de bens, de situações que suscitem conflitos de interesses em áreas afim à competência do cargo público que exerce e se há parentes em áreas afins àquela que atua.

A declaração deve ser apresentada por autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração Pública até dez dias após a posse. De acordo com o conselheiro Fábio Coutinho, a ex-ministra chegou a ser notificada pela comissão para que apresentasse a declaração, mas não se manifestou.

Na segunda-feira (13), Erenice Guerra, ainda na condição de ministra, enviou um ofício à comissão de ética pedindo para que fosse aberto procedimento para apurar sua conduta em relação às denúncias publicadas pela revista Veja. Por isso, a comissão decidiu, também nesta sexta, abrir um processo para apurar se a ex-ministra praticou falta ética no caso da denúncia de tráfico de influência noticiada pela revista.

As denúncias veiculadas na imprensa vêm sendo usado pela oposição para tentar minar a candidatura governista de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Em função das denúncias, Erenice deixou o cargo de ministra-chefe da Casa Civil na quinta-feira (16).

Segundo o relator do processo, conselheiro Fábio Coutinho, após ser notificada da decisão da comissão, a ex-ministra terá 10 dias para apresentar sua defesa. “A defesa prévia será analisada, vamos ver quem ouvir. Não dá para dizer quanto tempo levará o processo. Ele correrá em caráter de reserva”, explicou Coutinho.

O processo poderá resultar em uma censura ética que ficaria registrada nas informações funcionais da ex-ministra pelo período de três anos.

Com informações da Agência Brasil

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